A
partir de agora não é mais preciso viajar ao Egito para entrar na pirâmide de
Quéops ou visitar as câmaras funerárias da célebre necrópole egípcia do
planalto de Gizé, graças à reconstituição tridimensional do local, disponível
na Internet.
A
empresa francesa Dassault Systèmes, especializada em sistemas tridimensionais,
desenvolveu o projeto em parceria com o Museu de Belas Artes de Boston (EUA) e
sua impressionante coleção de arquivos sobre a necrópole.
Navegando
no site www.3ds.com/giza3D "com um
simples computador doméstico, o grande público pode descobrir as maravilhas do
Egito antigo. Com um monitor 3D, os usuários poderão viver a experiência de um
mergulho estereoscópico ainda mais fascinante", explicou Mehdi Tayoubi,
encarregado de estratégia e marketing interativo da Dassault Systèmes.
A
reconstituição permite ao visitante passear pela necrópole, visitar as tumbas,
as galerias e as câmaras funerárias, bem como entrar nas pirâmides de Quéops e
de Miquerinos. Também é possível admirar os trinta primeiros objetos que foram
descobertos no começo do século XX e ter acesso a fotos, diários de escavação,
mapas e outros arquivos coletados durante as expedições arqueológicas, explicou
a empresa em um comunicado.
A
foto aérea, tirada em janeiro de 2000, das pirâmides de Gizé, com a cidade do
Cairo ao fundo
- Foto de Patrick Hertzog/AFP/Arquivo
|
Além
do grande público, o projeto Giza 3D também se destina aos museus, que poderão
utilizá-lo para criar salas para exposições temporárias ou permanentes, bem
como à educação e à pesquisa.
A
Dassault Systèmes já dotou o departamento de egiptologia da Universidade de
Harvard da reconstituição de uma galeria de Gizé e as duas organizações
trabalham em colaboração para estender o uso destas tecnologias aos outros
domínios da pesquisa.
"O
poder do 3D permite explorar o planalto de Gizé como era na época dos antigos
egípcios, algo simplesmente impossível de se fazer atualmente com os objetos
abrigados em museus do mundo inteiro. Os estragos da erosão, das pilhagens e do
avanço da cidade (do Cairo) modificaram para sempre o aspecto original deste
planalto", afirmou Lawrence Berman, conservador de antiguidades egípcias
do Museu de Belas Artes de Boston, onde o Giza 3D foi oficialmente lançado na
noite de terça-feira.
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