Autoridades
de Pequim informaram nesta quarta-feira que planejam eliminar 1.200 empresas
altamente poluidoras até 2015 para melhorar a qualidade do ar na capital
chinesa, uma das cidades mais poluídas do mundo.
A
medida se seguiu a uma reação pública contra o forte "smog" (fumaça
misturada a neblina causada pela contaminação) que envolve a capital chinesa -
às vezes tão espesso que atrasa voos e trens que têm Pequim como origem ou
destino -, desatando preocupações sanitárias na população em geral.
Forte 'smog' envolve Pequim em fevereiro
de 2011
Foto de Goh Chai Hin/AFP/Arquivo
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O
Birô Municipal de Proteção Ambiental de Pequim informou, em um comunicado, que
planeja eliminar 1.200 instalações altamente poluidoras, tais como fundições,
indústrias químicas e fábricas de móveis até 2015.
"A
poluição industrial é um dos principais fatores que influenciam a qualidade do
ar nesta cidade", denunciou o birô, sem especificar se as empresas serão
fechadas ou realocadas para outras regiões do país.
A
qualidade do ar na capital tem sido ruim há anos, mas internautas se
concentraram nela desde o final do ano passado, depois que a embaixada
americana começou a publicar suas próprias leituras da poluição, frequentemente
alarmantes.
A
embaixada faz medições de PM2,5 - o menor e mais nocivo dos particulados
encontrados no ar - e publica os resultados em posts no microblog Twitter. As
leituras costumam variar entre "muito insalubre" e
"perigoso".
O
governo pequinês acabou cedendo à pressão online e informou que começaria a
publicar suas próprias medições de PM2,5, ao invés de basear suas informações
em partículas de 10 micrômetros ou mais, conhecidas como PM10, que são menos
nocivas.
Também
criou quiosques para aluguel de bicicletas na tentativa de diminuir os
engarrafamentos, outra fonte de poluição na cidade, e criando novas ciclovias.
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