Cientistas
cubanos devem iniciar neste ano o teste clínico de uma vacina de produção
nacional contra a bactéria do pneumococo, que provoca pneumonias, meningites e
sepses, anunciou nesta quinta-feira uma prestigiada pesquisadora local.
A
diretora do Instituto Finlay de Havana, Concepción Campa, explicou, citada pelo
jornal oficial Granma, que "Cuba iniciará neste ano os primeiros testes
clínicos da vacina contra o pneumococo", elaborada por cientistas desta
instituição e do Centro de Química Biomolecular da ilha.
Campa
liderou a equipe científica que criou a vacina Va-Mengoc-BC, a primeira e única
efetiva no mundo contra o meningococo do grupo B, segundo o Instituto, um
centro dedicado à pesquisa e ao desenvolvimento de antígenos.
"A
pneumonia é uma das causas de morte não apenas em crianças, mas também em
idosos, e esta vacina (...) após as pesquisas em humanos, ficará à disposição
de adultos e crianças, para poder controlar a doença", acrescentou a
pesquisadora.
A bactéria pneumococo é o agente patogênico de pneumonias, meningites e septicemia. |
Segundo
o jornal, Campa deu uma coletiva de imprensa sobre o impacto que tiveram na
saúde pública da ilha "as mais de dez vacinas elaboradas" por suas
instituições científicas, no âmbito do XVI Seminário Internacional da Associação
Médica do Caribe (AMECA), que ocorre em Havana.
Entre
elas, além da Va-Mengoc-BC, figuram uma vacina contra a hepatite B, que Cuba
exporta para 40 países; a primeira vacina terapêutica contra o câncer de
pulmão, e outra pentavalente (contra a difteria, coqueluche, tétano, hepatite B
e a bactéria haemophilus influenzae tipo B), que Cuba aplica em seu programa de
imunização infantil.
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