O
grupo dinamarquês Novo Nordisk, maior produtor de insulina do mundo, está na terceira
fase de estudos para aprovação do Victoza para tratar a obesidade e, se
aprovado, espera ser lançado para o tratamento, nos Estados Unidos, no final de
2014 ou 2015 ou mais cedo.
Liraglutide,
um ingrediente ativo no Victoza, tem mostrado que pode ser eficaz para ajudar
pessoas obesas a perder peso.
Uma
pesquisa de 10 analistas diagnosticou uma previsão média de 43 por cento de o
Victoza ser aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) para o tratamento
da obesidade, os analistas de bancos internacionais são céticos do que seus
colegas dinamarqueses.
A
obesidade é um problema mundial, com meio bilhão de pessoas consideradas
obesas. E, no mundo todo, não tem país com mais gente obesa que os Estados
Unidos, onde 37,5% dos adultos, ou mais de 78 milhões de pessoas, é considerada
obesa. No Brasil, a porcentagem de obesos é de 13,9% dos adultos,
aproximadamente 15 milhões de pessoas.
Neste
cenário, surge o liraglutide, uma droga para o tratamento da diabetes tipo 2, e
que tem efeito emagrecedor, que segundo alguns relatos ajuda a eliminar 7
quilos em média, chegando a até 15 quilos, em até cinco meses.
De
olho neste novo uso, o fabricante dinamarquês Nova Nordisk, também o maior
produtor mundial de insulina, iniciou estudos em 2009 para aprovar o
medicamento como tratamento para obesidade junto ao FDA (órgão regulador de
medicamentos nos EUA).
Agora
que o teste entra na fase três, aumentam as especulações sobre se ele será
aprovado como tratamento contra obesidade. Uma pesquisa com 10 analistas
apontam 43% de chances de aprovação.
Destes
10 analistas, cinco são de bancos internacionais dando uma probabilidade de
32%, enquanto os outros cinco analistas são de bancos dinamarqueses, e que dão
uma probabilidade de 55% de aprovação.
Se
o otimismo dinamarquês se confirmar, o Victoza (nome comercial do luraglutide)
será o primeiro medicamento aprovado pelo FDA para tratamento de obesidade
desde 1999.
A
diabetes tipo 2 é causada por uma deficiência relativa de insulina, aumento da
glicose sanguínea, e resistência à insulina, e pode causar falência renal,
problemas cardíacos e cegueira, além de ter a obesidade como uma das
consequências.
O
Victoza estimula a produção de insulina pelo pâncreas, e diminui o glucagon.
Além disso, ele também dá uma sensação de saciedade. A aplicação é em uma
injeção semelhante à de insulina, preferencialmente no abdômen.
Só
que o liraglutide tem efeitos colaterais: notadamente dores de cabeça, vômitos,
náuseas e diarreias, em alguns casos bem sérias, principalmente pelo fato que a
dosagem para emagrecer é normalmente o dobro da dosagem para controle do
diabetes (3 mg, contra 0,6 mg até 1,8 mg). Além disso, uma caixa do medicamento
custa a bagatela de R$ 370,00, durando entre 10 e 30 dias, dependendo da
dosagem.
Finalmente,
um aviso aos leitores: não se automediquem. Se querem experimentar a droga,
aguardem a aprovação da mesma como emagrecedor (existem as suspeitas que o
medicamento cause câncer no pâncreas), e procurem um médico. Não tentem
consultas médicas em fóruns e páginas da internet. Enquanto isto, adotem uma dieta
saudável e pratiquem exercícios.
Fonte:
Reuter
Será que poderemos perder peso sem penar?
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O que é o
Victoza?
O Victoza é
uma cópia de um hormônio produzido pelas nossas células intestinais (chamado
GLP-1), inicialmente usado para o tratamento de diabetes mellitus.
Como funciona e
quais os efeitos no organismo?
Simplificadamente,
o Victoza tem a função de colocar o açúcar dentro das células (por
isso, que é uma medicação para o tratamento do diabetes mellitus). Ele avisa as
células cerebrais que o organismo está saciado e torna o esvaziamento gástrico
mais lento. Isso ajuda o paciente a comer menos e perder peso. Existem outras
funções mais específicas, como preservar as células pancreáticas produtoras de
insulina para retardar e até evitar a falência do pâncreas de um indivíduo
diabético. O remédio é uma forma de enganar o seu corpo para se sentir saciado.
Como tomar?
Por
meio de aplicações subcutâneas diárias. O paciente pode fazer as aplicações
sozinho.
Quem pode tomar?
Inicialmente,
a ANVISA e o FDA (Food and Drug Administration) só aprovam a medicação para
pacientes portadores de diabetes mellitus.
Tem efeitos
colaterais? Quais?
Pode
ter efeitos colaterais diversos, como enjoo, vômitos, cefaleia, constipação
intestinal ou diarreia.
É preciso fazer
dieta junto com a medicação? Há o risco de recuperar o peso ganho depois que
parar de tomar?
É
fundamental que uma dieta esteja associada a esse tratamento, em vista de
reeducar o paciente e ajudar no controle glicêmico. Assim, se o paciente
precisar, ou já tiver indicação de suspender a medicação, ele conseguirá
manter o peso e a glicemia dentro do normal. Caso contrário, ele ganhará todo o
peso perdido.
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