Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

Sejamos proativos nas questões relacionadas às mudanças climáticas, pois não seremos poupados de seus efeitos devastadores a curto e longo prazo.
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sábado, 31 de julho de 2010

DOWNLOADS » Pérolas da Internet
O quadro de humor mais engraçado da Internet agora pra você baixar.
Todos são arquivos públicos que passaram por transformações pela
equipe da Rádio Giga e adaptaram ao formato de áudio de Internet
»  Daqui a 100 Anos - Piada entre os governantes no céu 
querendo saber como será o país deles daqui 100 anos.
»  Disk Sai Capeta. - Você já viu um exorcismo por telefone ?
Então conheça o Disk Sai Capeta.
»  Jornal Bossal - Dois apresentadores muito loucos de um jornal 
qualquer dão as notícias e fazem oque todos tem vontade de fazer,
dar muitas risadas.
»  A Infancia de um deputado - Ouça como é a infancia dos 
deputados do Brasil.
»  Ironia do Corithians - O tiozinho ganha na loteria e vai comprar
um carro novo. É tanta tecnologia que ele se empolga e descobre
como funciona o rádio. Muito boa !
»  Diferença entre homem, mulher e gay. - Jô Soares apresenta 
as grandes diferenças entre o homem, a mulher e o gay em diferentes
ocasiões da vida.
»  Tele Pizza Português - Trote para um escritório de Tele Pizza 
português, mas o cara é muito chato e o atendente perde a paciência.
»  No Céu - Cuidado com oque faz na terra, pois no céu pode voltar
contra você.
»  Vai Wilson Vai - Sátira da clássica I Will Survive em que um rapaz 
se casa com um capataz da fazenda, descobrindo sua feminilidade.
»  Yakissoba - Paródia da música de Bee Gees ensina como fazer 
um Yakissoba delicioso, muito engraçado as expressões faciais e a letra.
»  Zezinho de Pato Branco - Um penalty histórico, uma única 
oportunidade do clube subir para a primeira divisão e o que
o jogador fez ? Ouça !
»  Significado da palavra merda. - Conheça os diferentes significados 
da palavra merda. Muito engraçado.
»  Égua fecha a janela. - No suporte de internet o atendente pede para a
mulher fechar a janela, adivinha oque ela foi fechar ?
»  Suporte de Internet - Um suporte de internet muito comum no 
Brasil, mas mostrado de maneira bem engraçada, de como as
mpresas tratam os clientes como idiotas.
»  Secretária Eletrônica do Hospício - Uma secretária eletrônica
para qualquer tipo de pessoa com problemas emocionais.
»  Vigança do usuário para a Telemar. - Tudo que qualquer pessoa 
gostaria de fazer contra uma empresa de telefonia ou de internet.
O consumidor foi a forra.
»  Temperaturas do Brasil - Conheça as diferentes reações de 
alguns estados brasileiros com as quedas de temperatura.
»  Silvio Santos jogando Counter Strike - Silvio Santos se aventura 
no Counter Strike, vai indo bem até que .....
»  Trote Portugues (O carro não dança) - O portugues comprou um 
carro e achou que ele tinha que dançar só por causa do comercial da TV.
»  Secretária eletrônica portuguesa. - A secretária eletrônica portuguesa 
é a mais eficiente do mundo !
»  É meio ou email ? - O cara xingou muito porque que um email 
era uma informação pela metade, é meio.
»  Musa Motel. - Este hotel ninguém nunca esquece. Que medo !
»  Entrevista com Renato Paulos - Uma ótima entrevista com Renato 
Paulos em que ele fala um pouco de suas amizades, aventuras e os
trabalhos desenvolvidos. Ilário !
»  Fluminense X Barcelona - O maior jogo de todos os tempos, 
adivinha oque aconteceu ?
»  Soldado 24 - O que podemos esperar de um soldado com 
o número 24 ?
»  Locutor Gago - Um locutor gagueja muito para dar uma 
notícia importante na região. Um locutor gago ?
»  Secretária eletrônica inteligente. - Uma secretária eletrônica que 
sabe das coisas.
»  Lula falando Inglês. - Nosso cultural e poliglota presidente 
arriscou algumas palavras em inglês e foi tão chocante
que as pessoas precisaram de especialistas para entender o que
ele dizia.
»  Trote no argentino - Em clima de copa, passamos um trote para 
um argentino logo depois da seleção dos "ermanos" ter perdido
para a Suécia e... só ouvindo pra dar risada.
»  ET Tarado - Um ET usa o telefone e diz que precisa fazer sexo 
por telefone com a sensitiva antes de ele partir ao planeta dele e a
mulher acredita, aaiiiiiii .......

Apostila: Introdução à Biologia das Criptógamas

Título:  Introdução à Biologia das Criptógamas (2007)
Autor: Paula et al.
Idioma: Português
Formato: PDF
Número de Páginas: 194
Tamanho do arquivo: ~1,17 MB
Apostila

Título: Algumas apostilas de Botânica
Autor: ???
Idioma: Português
Formato: PDF
Número de Páginas: Variado
Tamanho do arquivo: < 3 MB
FISIOLOGIA VEGETAL
SISTEMÁTICA VEGETAL
MORFOLOGIA VEGETAL
DENTROLOGIA

domingo, 25 de julho de 2010

Meteorito é encontrado no interior do Rio


Material pesa 600 gramas e tem 12 centímetros de diâmetro.

Suspeita é de que a bola de fogo tenha caído no sábado (19).

Uma pedra encontrada no quintal de uma propriedade rural intrigou os moradores da pequena cidade de Varre-Sai, no Noroeste do estado do Rio. A análise preliminar de astrônomos e pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) indica que a pedra é um meteorito. Nesta quarta-feira (23), os técnicos voltaram à cidade em busca de outros vestígios de meteoritos para a elaboração de um estudo.















(Foto: Gilmar Mendes da Silva)


Análise preliminar de astrônomos indica que pedra seria mesmo um meteorito.
Uma análise fotográfica levou pesquisadores americanos a constatar que se trata de um meteorito a pedra encontrada no fim de semana no município de Varre-Sai, no Noroeste Fluminense. O objeto seria um condrito, um tipo rochoso que mantém intactas as mesmas características que tinha antes de chegar à Terra.




O material, no entanto, ainda será analisado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que, numa observação preliminar, confirmaram a constatação americana. Se ficar comprovado que é mesmo um meteorito, será a primeira descoberta deste tipo no país em 19 anos.















(Foto: Gilmar Mendes da Silva)



“A gente pode estar tocando um objeto que estava vagando no espaço há tanto tempo. Muitas pessoas passam a vida tentando encontrar um objeto como este”, diz o astrônomo Marcelo Oliveira.

Como foi

A pedra foi encontrada no último sábado (19) pelo agricultor Germano da Silva, dentro de sua propriedade.

“Vi umas nuvens cor de rosa rodando, deu uma explosão e clareou tudo, depois foram mais três explosões menores”, conta ele. O meteorito encontrado tem 12 centímetros de diâmetro e pesa 600 gramas.

O meteorito encontrado tem 12 centímetros de diâmetro e pesa 600 gramas. Segundo o Clube de Astronomia Louis Cruls, em Campos dos Goytacazes, não havia relatos de queda de meteoritos no país há 19 anos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Bates Propedêutica Médica - 11ª e 10ª Edição



Bates 11ª e 10ª Edição Propedêutica Médica
Este livro maravilhoso, respeitado em todo o mundo, contém todas as informações necessárias
para a obtenção de uma anamnese clinicamente consistente, de um exame físico minucioso e de
todos os demais elementos que formam o conjunto da Semiologia.
A obra é um guia completo de habilidades clínicas que mostra como identificar os fatos relevantes
da anamnese e como investigar os achados comuns, ensina as melhores técnicas e procedimentos
do exame físico nas diversas faixas etárias, aborda técnicas especiais de avaliação e possibilita
que o leitor aprimore suas técnicas de interpretação.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 18 de julho de 2010

Um Foucault Surpreendente

Depois do Discurso do Método, de Descartes, tem-se como certo que o sujeito é, por natureza, capaz de aceder à verdade, sem conversão prévia.Pouco a pouco se revela uma face ignorada do pensamento de Michel Foucault: o que ensinou no Collège de France. A partir de agora, o leitor pode mergulhar em seus cursos do período universitário de 1981-1982: A hermenêutica do sujeito. As aulas reunidas neste livro visam a reconstituir a história, na cultura antiga, da relação entre a verdade e o sujeito; movem-se em torno da noção da “prática de si”.Passam-se mil anos entre o exercício filosófico platônico e o desenvolvimento do ascetismo cristão: milênio percorrido nesse livro. Ao longo desses séculos, a exigência filosófica e a exigência espiritual foram enlaçadas. Se a filosofia é a interrogação sobre os caminhos que permitem ao sujeito ter acesso à verdade, a espiritualidade, por sua vez, é a “a busca, a prática, a experiência pelas quais o sujeito opera sobre si mesmo as transformações necessárias para ter acesso à verdade”. A exigência da preocupação de si, mobilizando as práticas de si, é a expressão dessa natureza espiritual da filosofia.

Amor e ascese esboçam as duas grandes formas históricas do trabalho de arrancar o sujeito daquilo que ele é, para torná-lo capaz de verdade.O “momento cartesiano” porá fim, na filosofia, a essa preocupação de si, iniciando a modernidade. Depois do Discurso do Método, tem-se como certo que o sujeito é, por natureza, capaz de aceder à verdade, sem conversão prévia: basta aplicar bem o método. É a tradicional exigência espiritual de transformação do sujeito que Descartes expulsa definitivamente do campo filosófico e científico.A espiritualidade implica a transformação do sujeito. Amor (desde Platão) e ascese (de Pitágoras aos últimos estóicos) esboçam as duas grandes formas históricas desse trabalho de arrancar o sujeito daquilo que ele é para torná-lo capaz de verdade. Michel Foucault estabelece um primeiro momento, “socrático-platônico”, representado por Alcebíades. Sócrates ensina ao jovem Alcebíades o seguinte: para aspirar a governar a cidade, é necessário aprender a governar-se a si mesmo. A preocupação de si implica um terceiro: o mestre, seja ele o maiêutico (Sócrates), o fundador da escola (Epicuro), o modelo (Epiteto) ou o correspondente (Sêneca). Com o desaparecimento da preocupação de si, do caráter espiritual da filosofia, desaparece igualmente a necessidade de um terceiro-mestre: Descartes medita sozinho (“cogito, ergo sum”), precedendo, nessa solidão da razão filosofante, Espinosa, Leibniz, Kant.



A prática de si identifica-se com o cuidado da alma: a filosofia é paralela à medicina, sendo o filósofo quem dispensa cuidados à almaO segundo momento transporta-nos ao início da era cristã. A preocupação de si tornou-se uma obrigação de toda a existência. Os epicuristas e os estóicos afirmam que é necessário filosofar durante a vida inteira por meio indireto de práticas de si codificadas em exercícios precisos. A prática de si identifica-se com o cuidado da alma: a filosofia é paralela à medicina, sendo o filósofo – para falar com Epiteto – aquele que dispensa cuidados à alma. Esse momento desenvolve novas tecnologias de si. Primeiro: a parrésia, a franqueza no discurso, o dizer-verdadeiro. E em seguida: a salvação. A filosofia se baseia na salvação; mas esta palavra não corresponde ao que será a salvação cristã. A salvação é uma prática de si pela qual o sujeito salva sua própria vida (enquanto a salvação cristã projeta o sujeito no além). Enfim: a meditação. Longe de ser um jogo moderno efetuado pelo sujeito com seu pensamento, a meditação antiga é o exercício espiritual que transforma o sujeito. Essas formas constituem a ascese. A ascese não é, como no cristianismo, uma renúncia; corresponde, antes, a uma relação plena, acabada, com o si, sendo a idéia da velhice, segundo Sêneca, uma amostra disso. Através da ascese, o dizer-verdadeiro, a parrésia, pode tornar-se o modo de ser do sujeito. Assim, a finalidade da ascese é, antes do cristianismo, quem transformará e, antes da filosofia moderna, quem abandonará a “subjetivação do discurso verdadeiro”.Esse último Foucault é o mais surpreendente e o mais inesperado: é o de uma prodigiosa mutação em seu pensamento. É um pensamento trabalhando, que se entrega em sua parrésia. Nele, Foucault se desfaz de sua pele moderna de filósofo não espiritual, aproximando-se dos filósofos da Antigüidade, dos quais nos fala como se seu estudo já fosse uma prática de si. Ao longo dessa hermenêutica do sujeito, Michel Foucault afasta-se das margens da filosofia moderna para se tornar um filósofo espiritual.
O último Foucault e sua moral


Foucault acabou experimentando, pela antiguidade greco-romana, uma atração tão viva como a que teve seu mestre Nietzsche. A admiração implica uma sinceridade e uma assimetria que repugnam comumente os intelectuais, esta casta de ressentidos; assim, um dia me surpreendi ao ver Foucault abandonar sua mesa de trabalho para me dizer ingenuamente: “Você não acha que certas obras mestras possuem uma esmagadora superioridade sobre as outras? Para mim a aparição do Édipo cego no final da obra de Sófocles...”. Jamais havíamos falado de Édipo Rei; apenas falamos algumas vezes sobre literatura, e esta falsa pergunta expressava uma brusca emoção que não pedia resposta. Igualmente, nossos alternados cantos em homenagem a René Char se reduziam timidamente a algumas frases. Mas quando foi necessário submergir-se na literatura antiga para poder escrever seus últimos livros, Foucault chegou a experimentar um prazer sensível, ao que fiz o possível para conservar, e o ouço ainda dizer, com o laconismo de rigor, que as cartas de Sêneca eram textos magníficos. E é que claro que existe alguma afinidade entre a elegância do indivíduo Foucault e aquela que distingue a civilização greco-romana. Resumindo, a elegância antiga foi secretamente para Foucault a imagem de uma arte de viver, de uma moral possível; durante seus últimos anos, quando trabalhava sobre os estóicos, refletia muito sobre o suicídio: “porém não falarei mais: se me mato, as pessoas bem verão”; sua morte teve algo disso, como se poderia ver. Só que Foucault tinha da moral uma concepção tão particular que finalmente se coloca o problema: é possível, no interior de sua filosofia, uma moral para Foucault?Evidentemente não lhe atribuiremos o propósito de renovar a moral estóica dos gregos. Na última entrevista que a vida lhe permitiu conceder, ele se manifestou claramente: não se encontrará jamais a solução de um problema atual em um problema que, por estar situado em outra época, não é o mesmo senão que por semelhança falaz. Ele jamais acreditou ver, na ética sexual dos gregos, uma alternativa para a ética cristã, mas antes, o contrário. Não existem problemas similares através dos séculos, nem em função de sua natureza, nem de sua razão; o eterno retorno é assim um eterno partir (ele amava esta expressão de René Char), e não existem mais do que as valorizações sucessivas. Em um perpétuo new deal, o tempo redistribui as cartas sem cessar. A afinidade entre Foucault e a moral antiga se reduz à moderna reaparição de uma única carta no interior de uma partida totalmente diferente; é a carta do trabalho de si sobre si, de uma estetização do sujeito, através de duas morais e de duas sociedades muito diferentes entre si.



Moral sem pretensão à universalidade. Foucault era um guerreiro, me dizia Jean-Claude Passeron, um homem da segunda função; um guerreiro é um homem que pode abster-se da verdade, que não conhece mais que prejuízos, os seus e aqueles de seu adversário, e que tem a energia suficiente para abater-se sem necessidade de dar uma razão para justificar-se; “toda respiração propõe também um reino”, escreveu também René Char. O curso da história não supõe problemas eternos, essências, nem dialética, não há nela mais do que valorizações, as quais são diferentes de uma cultura a outra, ou mesmo que de um indivíduo a outro; valorizações que não são, como gostava de repetir, nem verdadeiras nem falsas: elas são, isto é tudo; e cada um é o patriota de seus valores. Eis aqui praticamente o contrário de um fatalismo coletivo à la Spengler. O porvir esfumaçará nossos valores, o passado de sua genealogia, sem dinastia, já nos refutou, mas não importa: eles são nossa carne e nosso sangue, já que há tanto tempo constituem nossa atualidade.Em sua primeira lição do ano de 1983 no College de France, Foucault opunha a uma “filosofia analítica da verdade em geral”, sua própria preferência “por um pensamento crítico que haveria de tomar a forma de uma ontologia de nós mesmos, uma ontologia da atualidade”; ele chegou, naquele dia, até a apelar para “aquela forma de reflexão que, de Hegel à escola de Frankfurt, passa por Nietzsche e Max Weber”: se cuidará de levar longe demais esta analogia um tanto circunstancial, mas dela reterá duas coisas. Os livros de Foucault são, literalmente, livros de um historiador, a menos que aos olhos daqueles que admitiram que não existe história que não seja interpretativa. Mas Foucault não escreveu todos os livros como historiador. Porque a história, essa interpretação, tem por segundo programa o de ser um completo inventário. Claro que Foucault não se tornou historiador mais do que daqueles pontos onde o passado encobre a genealogia de nossa atualidade. Esta última palavra permanecerá como a maior. Não há mais relativismo desde que se deixa de se opor a verdade ao tempo, ou igualmente de identificar o Ser com o tempo: o que aqui se opõe ao tempo como à eternidade é nossa atualidade valorizante. O que importa que o tempo passe e sua fronteira obscureça nossas valorações? Nenhum guerreiro foi perturbado em seu patriotismo pela idéia de que, se houvesse nascido do outro lado da fronteira, seu coração bateria pelo outro lado.A filosofia de Nietzsche – gostava de repetir Foucault – não era uma filosofia da verdade, mas do dizer-verdadeiro. Para um guerreiro, as verdades são inúteis, e mais ainda, são inacessíveis; se elas estivessem ditadas pela semelhança ou a analogia com as coisas, poder-se-ia desesperar ao tentar alcançá-las, como afirma Heidegger em um momento de seu percurso. Mas crendo buscar a verdade das coisas, os homens acabam apenas por fixar as regras segundo as quais será julgado o dizer como verdadeiro ou falso. Neste sentido, o saber não apenas é o lugar dos poderes, uma arma do poder ou ele mesmo poder, ao mesmo tempo que saber: ele não é mais do que poder, radicalmente, pois não é possível um dizer-verdadeiro, mas que pela força das regras impostas em uma outra ocasião por uma história da qual os indivíduos são, ao mesmo tempo e mutuamente, atores e vítimas. Entendemos, então, por verdades, não as proposições verdadeiras a descobrir ou a aceitar, mas o conjunto de regras que nos permitem dizer e reconhecer aquelas proposições tidas por verdadeiras.Convenhamos que em uma filosofia de guerreiro se está mais perto de uma filosofia do ator histórico do que de um fatalismo. Em 1977, Foucault, em uma circunstância que prefiro esquecer, escreveu no Le Monde uma coisa menos esquecível: que as liberdades e os direitos do homem se fundam mais seguramente sobre a ação de homens e mulheres decididos a usar o poder e defendê-los, que sobre a afirmação doutrinal da razão ou do imperativo kantiano. Havia ali, bem entendida, uma denúncia sobre a supervalorização da filosofia: Foucault apenas acreditava que a prática discursiva de uma época encontra o motivo de sua escolha em suas formas intensificadas, em seus textos canônicos ou que a instituição do terror atômico pudesse surgir de um enunciado desafortunado de Descartes. Mas ainda havia mais: a persuasão, fundada por outro lado, da vaidade das racionalizações e dos raciocínios. Faz três ou quatro anos, no apartamento de Foucault, olhávamos uma reportagem na tv sobre o conflito palestino/israelita; em um momento, a palavra foi concedida a um combatente de um dos lados (é indiferente dizer qual). Este homem tinha um discurso distinto daqueles que se ouvem comumente nas discussões políticas: “eu só sei de uma coisa”, dizia o combatente, “e é que vou reconquistar a terra de meus ancestrais. Procuro isto desde que era adolescente; ignoro de onde me vem esta paixão, mas é assim que é”. “Enfim, é isto, tudo está dito e já não há mais nada a dizer”, disse Foucault.



Cada valorização da vontade de poder, ou cada prática discursiva (muitos estudiosos enfatizaram a relação entre Nietzsche e Foucault sobre este ponto) é prisioneira de si mesma, e a história universal é tecida apenas com estes fios; a valoração grega do prazer mais que do sexo, fazia que os gregos não encontrassem outro objeto que não este prazer, sendo que o sexo do parceiro era por demais indiferente. Adivinha-se em que medida esta filosofia, que deixa aos homens, por assim dizer, as razões de sua luta – pois ela mesma luta para evitar toda a razão – haveria de tornar-se impopular. Por sua vez, ela não haveria favorecido estes dois mal entendidos: o desconhecimento do nível transcendental da crítica de Foucault; a interpolação de uma negatividade que permitiria crer no que se deseja e que sempre se está situado no lado correto.Àquilo que chamamos uma cultura não possui nenhuma unidade de estilo, é antes uma confusão de práticas discursivas rigorosamente interpretáveis, um caos de precisão. Mas todas essas práticas têm em comum ser, ao mesmo tempo, empíricas e transcendentais, e como tais, constitutivas, há tanto tempo que não podem ser eliminadas, e só o diabo sabe com qual recurso se haverão de impor em cada caso esses “discursos” (dado que constituem as condições de possibilidade de toda ação). Foucault não se oporia se propuséssemos que o transcendental é ao mesmo tempo histórico. As condições de possibilidade inscrevem toda a realidade no interior de um polígono irregular, cujos estranhos limites não possuem jamais a ampla cobertura de uma racionalidade acabada; seus limites lhes são desconhecidos pela mesma razão e parecem inscritos na plenitude de algum raciocínio, essência ou função. O que é falso, pois constituir é também sempre excluir; há sempre um vazio em redor, mas vazio de que? De nada, um nada, uma simples maneira de evocar a possibilidade de polígonos recortados de outro modo, em outros momentos históricos; uma simples metáfora.Assim, quando Foucault se referia a esse gesto de recorte ou, como ele dizia, de rarefação, e assim também o Grande Internamento na época de Luis XIV, as prisões, etc, parecia estar falando de uma mesma coisa, e de uma coisa apaixonante, que claramente apaixonava o indivíduo Foucault. Mas o nível transcendental que há em tudo isso ficou um pouco esquecido para muitos de seus leitores; pois o propósito do filósofo Foucault não era pretender que, por exemplo, o Estado Moderno se caracterize por um grande gesto de separação, de exclusão, mais que de integração, o qual seria evidentemente excitante para discutir; seu propósito foi o de mostrar que todo gesto, sem exceção, estatal ou não, não completa jamais o universalismo de uma razão, e deixa sempre um vazio, um exterior, inclusive quando este gesto fosse de inclusão e de integração. Do mesmo modo, quando Kant falou da constituição transcendental do espaço e do tempo, estava negando-nos a possibilidade de atuar nesses campos: mas o difícil seria, claro, que em nossa ignorância nos abstivéssemos de atuar.O outro generoso mal entendido vem da mão do famoso vazio; tende-se a imaginar que a finitude de toda prática discursiva não é mais que empírica; assim também o vazio metafórico devém para alguns em um espaço real, povoado com todos os excluídos, expulsos e leprosos, e com os murmúrios de todas as palavras marginalizadas e reprimidas. A tarefa histórica seria então a de restituir-lhes a voz: uma racionalidade da negatividade das posições encontradas restabeleceria, por fim, uma filosofia estimulante, que sustentaria na razão nossos bons sentimentos. Mas se há uma coisa que diferencia o pensamento de Foucault de qualquer outro, é o firme propósito de não fazer um duplo uso, de não reduplicar nossas ilusões, de não afirmar como finalmente verdadeiro aquilo que cada um desejaria crer, de não provar aquilo que é o que deveria ser sobre a base de uma razão de ser. Coisa raríssima, há aqui um filósofo sem happy end; isto não quer dizer que acabe mal: nada pode “acabar”, já que não há mais termino, como não há origem. A originalidade de Foucault entre os grandes pensadores deste século consistiu em não converter nossa finitude em fundamento de novas certezas.Autêntica pintura da história universal, constância evidente dos tempos que tudo apagam; entretanto, nós continuamos sem nada ver, e relendo Kant... A filosofia de Foucault é ao mesmo tempo quase trivial e paradoxal. Foucault se reconhece incapaz de justificar suas próprias preferências; não pode lançar mão nem de uma natureza humana, nem de uma razão, nem de funcionalismo, nem de uma essência, nem da adequação ao objeto. Todos, em suma somos iguais, sem dúvida, mas se é que não se possam discutir mais os gostos e as valorações, com que objetos ter escrito livros de história, que bem podem ser de moral e que certamente são de filosofia? Pois um saber é um poder: ele impõe e se nos impõe, não emana de uma natureza das coisas; mas possui, contudo, seu limite: a atualidade.É o destino da filosofia o que aqui está em jogo, mas é o que ela se obstina? Ao duplicar aquilo do qual os homens estão já suficientemente persuadidos? Mas, apesar do que afirmam os filósofos justificadores ou tranqüilizadores, o espetáculo do passado nos deixa ver apenas outra razão na história que os combates dos homens por aquilo que, nem verdadeiro, nem falso, sem dúvida, se impõe como o verdadeiro a dizer; se isto é assim, uma filosofia não tem mais que um uso possível: fazer a guerra; mas não a guerra anterior: a guerra atual. E, por isso, ela deve começar por demonstrar genealogicamente que não existe outra verdade da história, além deste combate. Sim à guerra, não ao abarrotamento de fanfarrões patrióticos.



Aqui aparece uma característica pouco destacada da obra de Foucault, uma elegância que se fundamentava filosoficamente, que se fazia sensível em sua fala privada, em que a cólera não estava excluída, mas antes, aí como indignação. Foucault jamais escreveu: “minhas preferências políticas ou sociais são as verdadeiras e as boas” (o que quer dizer o mesmo, se concedermos a Heidegger): ele também não escreveu: “as preferências de meus adversários são as falsas”; todos seus livros supõem antes isso: “as razões pelas quais meus adversários pretendem que sua posição seja verdadeira, repousa genealogicamente sobre nada”, Foucault não atacava as escolhas dos outros, mas as racionalizações que os outros incorporavam às suas escolhas. Uma crítica genealógica não diz “eu tenho razão e os outros estão enganados”, mas somente: “os outros não têm razão ao pretender que tenham razão”. Um autêntico guerreiro conhece a falta da indignação, a cólera, o thumos; Foucault não se inquietava por ter que fundamentar suas convicções, bastava-lhe o valor; mas racionalizá-las teria sido humilhar-se, sem nenhum proveito para sua causa.Os homens não podem fazer muito mais coisas do que valorar, não menos que respirar, e se enfrentam por seus valores. Foucault vai tratar de impor uma de suas preferências, resgatada dos gregos, à qual lhe parece ser de atualidade; não o faz por pretender ter razão, nem pelo contrário, procurava ganhar e esperava ser atual. A atualidade limita as preferências possíveis. Max Weber, outro nietzscheano, havia exclamado com beleza: “posto que não existe a verdade dos valores e que o céu se encontra dilacerado, cada um combate por seus deuses, e como novos Lutero, peca resolutamente”: mas as posições inimigas não são assim reversíveis como indica Weber; a atualidade nunca é qualquer uma. Ser filósofo é fazer o diagnóstico dos atuais possíveis, e ao fazê-lo, erigir o mapa estratégico. Com a secreta esperança de influir na definição dos combates. Apanhado em sua finitude, em seu tempo, o homem não pode senão pensar, não importa em que, nem importa quando; já vai reclamar os romanos a abolição da escravidão ou refletir sobre o equilíbrio internacional. Uma memória me vem, que data de 1979; aquele ano Foucault inicia seu curso mais ou menos nesses termos: “Vou abordar certos aspectos do mundo contemporâneo e de sua governamentalidade; este curso não lhes dirá o que é que vocês devem fazer, ou contra quem devem combater, mas lhes proverá um mapa; e em função disso, lhes dirá: se vocês querem atacar em tal ou qual direção, tudo bem, mas aqui há um nó de resistência e, ali um acesso possível”. Foucault acrescenta também aqui algo do qual eu ignoro o sentido exato: “enquanto a mim, não vejo, pelo menos até agora, quais critérios são os que permitiriam decidir contra que coisa devemos nos enfrentar, salvo, talvez, os critérios estéticos”; não devemos abusar destas últimas palavras, que poderiam não ser outra coisa senão uma confissão de ignorância, ou uma distância que toma respeito das convicções de muitos de seus ouvintes. Tudo mais o que pode haver aqui é um vago pressentimento do que será o grande tema no ano de sua morte: não já os critérios estéticos, mas a idéia de um estilo de existência.Porque em L’usage des plaisirs e no Souci de soi, o diagnóstico da atualidade é aproximadamente este: no mundo moderno, parece ter se tornado impossível fundamentar uma moral. Não existe mais uma natureza ou uma razão diante a qual render-se, nem uma origem com a qual estabelecer uma relação autêntica (no caso da poesia, eu diria, é aparte); a tradição ou a sujeição não são mais que situações de fato. Já não apregoamos mais nem a crise e nem a decadência; as aporias da reduplicação filosófica jamais comoveram aos mortais comuns. O que perdura é que os mortais comuns são compostos de sujeitos, de seres desdobrados, que mantêm uma relação ou de consciência ou de conhecimento de si consigo mesmos. É sobre estas bases que julgará Foucault.A idéia de um estilo da existência tem julgado um desempenhado um papel nas conversações e, sem dúvida, na vida interior de Foucault durante os últimos meses de uma vida que ele sabia ameaçada. “Estilo” não quer dizer aqui distinção; a palavra está tomada no sentido dos gregos, para quem um artista era, antes de qualquer coisa, um artesão, e uma obra de arte, uma obra. A moral grega está bem morta e Foucault pensava que era pouco desejável e impossível ressuscitá-la: mas um detalhe desta moral, a saber, a idéia de um trabalho de si sobre si, parecia suscetível de adquirir um sentido atual, a maneira de uma dessas colunas dos templos antigos pagãos que, às vezes, se vê reinstaladas nos edifícios mais recentes. Adivinhamos algo em vista deste diagnóstico: o eu se põe a si mesmo, como uma tarefa a desempenhar, o poder sustentar uma moral que nem a tradição nem a razão favorecem mais: artista de si mesmo exerceria esta autonomia da qual a modernidade não pode senão abster-se. “Tudo desapareceu”, dizia Medeia, “mas uma coisa me restou: eu”. Por fim, se o eu nos resgata da idéia de que entre a moral e a sociedade, ou aquilo que denominamos assim, existe uma ligação analítica ou necessária, então não há mais necessidade de aguardar a revolução para começar a atualizar-nos: o eu é a nova possibilidade estratégica. Foucault, com uma visão ampla das coisas, não pretendeu que nos entregássemos, portanto a uma moral já formada dos pés à cabeça; considerava essas façanhas acadêmicas mortas junto com a filosofia antiga. Mas nos sugeriu uma saída. Levou consigo o resto de sua estratégia. Mas ele, de modo algum, pretendeu apontar uma solução verdadeira ou definitiva; posto que a humanidade se desloca sem parar, sendo também que alguma solução atual revela logo que ela carrega seus perigos, toda solução é então imperfeita, e isso será sempre assim: um filósofo é aquele que, para cada nova atualidade, diagnostica o novo perigo, e mostra uma nova saída. Com esta concepção novíssima de filosofia, a verdade clássica está morta, enquanto que, da confusão historicista moderna se desprende nossa idéia de atualidade.Foucault não experimentou o medo da morte: dizia isso às vezes a seus amigos, quando a conversa recaía sobre o suicídio; e os fatos provaram, ainda que de outra maneira, que não era arrogância. A prudência antiga havia se tornado hábito pessoal para ele, inclusive de outras formas: durante os oito últimos meses de sua vida, a redação de seus dois livros desempenhou para ele o papel que a escritura filosófica e o diário pessoal desempenhavam na filosofia antiga: a de um trabalho sobre si, o de uma auto-estilização (ele mesmo publicou, naqueles dias, no número cinco de Corps ecrit, um penetrante estudo sobre esta questão).Durante esses oito meses, víamos trabalhar tenazmente escrevendo e reescrevendo seus dois livros, saldando esta grande dívida consigo mesmo; ele me falava sem parar de seus livros ou me fazia verificar as traduções; Ao mesmo tempo que se queixava de uma febre ligeira, mas incessante e de uma tosse tenaz que o fazia ir de vagar, cortesmente me fazia pedir conselhos a minha mulher, que era médica e que nada podia fazer, mas... ele sabia.“Você deveria repousar”, eu dizia, “teus estudos de grego e latim te esgotaram” – “sim, mas depois”, respondia; “antes eu tenho que terminar com esses dois livrinhos”.Retrospectivamente, sua atitude não tira o alento. Dar um exemplo vivo, não era outra das tradições dos filósofos antigos? Tudo isso acabava por aclarar para mim, em uma alucinação visual, o mesmo dia da morte de Foucault, alguns minutos antes do telefonema de Maurice Pinguet que me informou do acontecido, quando eu estive em Tóquio, onde também uma rádio japonesa acabara de anunciar a notícia.O homem é um ser que confere sentidos e que algumas vezes estetiza também. Um ano antes de sua morte, Foucault teve um dia a ocasião de falar sobre o ritual da morte solene, tal como se o praticava na Idade Média e inclusive no século XVII: o moribundo, rodeado de todos seus parentes, lhes deixava, de seu leito de morte, suas lições. O historiador Philippe Ariès lamentou que em nossa época esse grande integração social tenha caído em desuso. Foucault mesmo não se lamentou de nada, mas escreveu isto: “eu prefiro a doce tristeza da desaparição a esta morte cerimonial. Há algo de quimérico em querer reatualizar, em um ímpeto nostálgico, as praticas que já não possuem mais nenhum sentido. Tratemos de melhor de outorgar sentido e beleza à morte-desaparição.”

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um Pedaço de Você

Um pedaço de você já ficou no tempo,
quando você deixou de ler um bom livro,
quando não acreditou naquele amigo…
Quando não aproveitou aquele instante
para falar de amor,
quando não abraçou seu pai e nem beijou a mãe.
Um pedaço de você se perdeu na curva,
quando abandonou o seu sonho sem tentar,
quando aceitou trabalhar onde não gostava,
quando fazia o que não suportava…
Quando disse sim, quando queria dizer não,
quando deixou o amor morrer
antes de nascer, por medo de sofrer…
Um pedaço de você ficou parado,
quando você não quis fazer um novo percurso,
quando se conformou com o velho,
quando ficou parado vendo o povo correr…
Quando votou em branco, se podia escolher,
quando não apareceu quando era esperado.
A vida pede atitude em cada instante,
e passa por cima de quem se cala,
de quem aceita, de quem acredita que tudo
está irremediavelmente perdido.
A vida desacata quem não se aceita,
humilha quem não se valoriza,
ensina com amor os que amam sem medidas,
ensina com dor, os que fogem das lições…
Um pedaço de você quer tudo, outro quer se esconder.
Assim, cabe a você, só a você,
dosar ansiedade e apatia,
ter um tempo para criar e outro para executar…
Falar e ouvir, ensinar e aprender, caminhar e correr…
Amar e ser amado, falar baixo e gritar.
Ter um tempo para refletir…
Só não vale cruzar os braços!
Só não vale não ser você!
Só não vale esquecer:
Que nada é mais importante que você.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Matas Ciliares

O que é Mata Ciliar?


Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes. Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária. Considerada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais, devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a largura do rio, lago, represa ou nascente.



O que acontece sem a mata ciliar?

O uso das áreas naturais e do solo para a agricultura, pecuária, loteamentos e construção de hidrelétricas contribuiram para a redução da vegetação original, chegando em muitos casos na ausência da mata ciliar.

ESCASSEZ DA ÁGUA

A ausência da mata ciliar faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no lençol freático. Com isso, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e os riachos.

EROSÃO E ASSOREAMENTO












A mata ciliar é uma proteção natural contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio, tornando-o barrento e dificultando a entrada da luz solar.

PRAGAS NA LAVOURA

A ausência ou a redução da mata ciliar pode provocar o aparecimento de pragas e doenças na lavoura e outros prejuízos econômicos às propriedades rurais.

QUALIDADE DA ÁGUA

A mata ciliar reduz o assoreamento dos rios, deixa a água mais limpa, facilitando a vida aquática.

IMPEDE A FORMAÇÃO DE CORREDORES NATURAIS

Essas áreas naturais possibilitam que as espécies, tanto da flora, quanto da fauna, possam se deslocar, reproduzir e garantir a biodiversidade da região.



Para que preservar as Matas Ciliares?

- Reter/filtrar resíduos de agroquímicos evitando a poluição dos cursos d’água
- Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
- Formar corredores para a biodiversidade
- Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
- Conservar o solo
- Auxiliar no controle biológico das pragas
- Equilibrar o clima
- Melhorar a qualidade do ar, água e solo
- Manter a harmonia da paisagem
- Melhorar a qualidade de vida



Quais os danos ambientais decorrentes da redução da cobertura florestal e das matas ciliares?

- perda de qualidade da água

- erosão e perda de nutrientes do solo
- aumento de pragas das lavouras.
- assoreamento dos rios e enchentes
- alterações e desequilíbrios climáticos(chuva e aumento da temperatura)
- redução da atividade pesqueira


Legislação

A mata ciliar é uma área de preservação permanente, que segundo o Código Florestal (Lei n.° 4.771/65) deve-se manter intocada, e caso esteja degradada deve-se prever a imediata recuperação.e. Essa lei já existe há 40 anos! Mas nem sempre foi cumprida.

Toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água. A tabela abaixo apresenta as dimensões das faixas de mata ciliar em relação à largura dos rios, lagos, represas e nascentes.



Os ecossistemas formados pelas matas ciliares desempenham suas funções hidrológicas das seguintes formas:
Estabilizam a área crítica, que são as ribanceiras dos rios, pelo desenvolvimento e manutenção de um emaranhado radicular;
Funcionam como tampão e filtro entre os terrenos mais altos e o ecossistema aquático, participando do controle do ciclo de nutrientes na bacia hidrográfica, através de ação tanto do escoamento superficial quanto da absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pela vegetação ciliar;
Atuam na diminuição e filtragem do escoamento superficial impedindo ou dificultando o carreamento de sedimentos para o sistema aquático, contribuindo, dessa forma, para a manutenção da qualidade da água nas bacias hidrográficas;
Promovem a integração com a superfície da água, proporcionando cobertura e alimentação para peixes e outros componentes da fauna aquática;
Através de suas copas, interceptam e absorvem a radiação solar, contribuindo para a estabilidade térmica dos pequenos cursos d'água.

A mata ciliar e a qualidade da água

O principal papel desempenhado pela mata ciliar na hidrologia de uma bacia hidrográfica pode ser verificado na quantidade de água do deflúvio.

Em estudos realizados para verificar o processo de filtragem superficial e subsuperficial dos nutrientes, N, P, Ca, Mg e Cl, através da presença da mata ciliar, as conclusões foram as seguintes:

A manutenção da qualidade da água em microbacias agrícolas depende da presença da mata ciliar;

A remoção da mata ciliar resulta num aumento da quantidade de nutrientes no curso d'água; Esse efeito benéfico da mata ciliar é devido à absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pelo ecossistema ripário.

O consumo de água pela mata ciliar
Em regiões semi-áridas, onde a água é limitante, a presença da mata ciliar pode significar um fator de competição. Isso se deve ao fato de que as árvores das matas ciliares apresentam suas raízes em constante contato com a franja capilar do lençol freático. Nesse caso, o manejo da vegetação ripária pode resultar numa economia de água.

No caso de se pensar em aumentar a produção de água de uma bacia mediante o corte da vegetação da mata ciliar em regiões semi-áridas, deve-se considerar que a eliminação da vegetação deve ser por meio de cortes seletivos e jamais por corte raso.

Isso porque as funções básicas das matas ciliares, manutenção de habitat para fauna, prevenção de erosões e aumento da temperatura da água devem ser mantida. Na região sul do Brasil, onde o clima é subtropical sempre úmido, e chove em média 1350 mm por ano, a competição das matas ciliares não compromete a produção de água nas bacias hidrográficas a ponto de serem feitos cortes rasos.

Fonte: http://www3.pr.gov.br/mataciliar/index.php




Vídeo do Dia

Mulher

O rosto da mulher através de 500 anos de arte... Admirável.
Este vídeo é uma verdadeira obra de arte digital ao nível do domínio técnico e da criatividade artística.

Foi visto por mais de 5,3 milhões de visitantes no YouTube e deu origem a mais de 10.000 comentários em 2 meses.

Assista AQUI o vídeo !

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Não há, não, duas folhas iguais em toda a criação. Ou nervura a menos, ou célula a mais, não há de certeza, duas folhas iguais. Limbo todas têm, que é próprio das folhas; pecíolo algumas; bainha nem todas. Umas são fendidas, crenadas, lobadas, inteiras, partidas, singelas, dobradas. Outras acerosas, redondas, agudas, macias, viscosas, fibrosas, carnudas. Nas formas presentes, nos actos distantes, mesmo semelhantes são sempre diferentes. Umas vão e caem no charco cinzento, e lançam apelos nas ondas que fazem; outras vão e jazem sem mais movimento. Mas outras não jazem, nem caem, nem gritam, apenas volitam nas dobras do vento. É dessas que eu sou.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Por Favor, deixem um comentário nas postagens. Isto me deixaria com mais ímpeto, para postar mais.
Podem até me xingar. mais comeeeeennntem por favor.
Senão vou tirar o blooooooog do ar.............

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Filme Religulous – dvdrip

Religulous

Filme Religulous 

Do mesmo realizador de “Borat” chega-nos um olhar mordaz e sarcástico sobre a religião em todo o mundo.
Do diretor William Maher, ativista, político, comediante e crítico de religiões, e com direção de Larry Charles (Borat) o filme contará com várias entrevistas de religiosos tendo em vista mostrar o quanto as crenças são insustentáveis e o quanto os ditos “religiosos” apenas seguem os seus líderes, já que muitos deles não sabem dizer nem a época em que o possível Jesus Cristo esteve vivo.
Elenco: Bill Maher, Steve Burg, George W. Bush
Título: Religulous
Gênero: Documentário / comédia
Duração: 101 Minutos
Ano de Lançamento: 2008
Tamanho: 700 MB
Resolução: 624×352
Formato: DVDRip
Idioma: English
Download:
ou
https://mega.co.nz/#!NEp0yQQK!TPZOuQjwn2RyBKczwicieizJkop5PU_wIllvwaGGX_E

domingo, 4 de julho de 2010


Cansado da vida solitária, o sujeito tímido resolveu colocar um anúncio nos classificados de um jornal, com o título: Procura-se uma Esposa.

No dia seguinte recebeu uma enxurrada de cartas. Todas diziam a mesma coisa:

- Pode ficar com a minha!