A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira a realização de plebiscitos sobre a divisão do Pará e a criação de dois novos Estados: Tapajós e Carajás.
Estado do Pará |
A matéria que trata da consulta popular sobre o Estado de Tapajós retornará ao Senado por ter sofrido alterações na Câmara. Já a proposta de plebiscito para a criação do Estado de Carajás segue para ser promulgada.
As propostas, uma vez validadas como leis, definem que o plebiscito ocorra em até seis meses. Após aprovação pela população diretamente interessada, é enviado um projeto de lei complementar ao Congresso para a criação das novas unidades federativas.
Se a população decidir pela criação dos dois Estados, o Pará não deixará de existir, mas terá seu território divido em três.
Caso seja criado, Tapajós irá abranger 58 por cento do território do Pará e terá 27 municípios da região oeste do Estado. Carajás englobará 39 municípios ao sul e sudeste do Pará.
(Reuters)
POR QUE PREOCUPANTE?
Em linhas gerais, o Estado do Pará possui uma Área (km²): 1.253.164,49. É o segundo maior estado do país em superfície, mais de 16% do território nacional (o maior é o estado do Amazonas), o que representa mais de duas vezes o território da França. RELEVO: planície amazônica a N, depressões e pequenos planaltos. O relevo é baixo e plano; 58% do território se encontram abaixo dos 200 metros. As altitudes superiores a 500 metros estão nas serras de Carajás, Caximbinho e Acari. O relevo do estado apresenta três aspectos distintos que incluem (1) o planalto Norte-Amazônico, formado quase integralmente por terrenos cristalinos, representando uma das parcelas do planalto das Guianas, onde se encontram as serras de Acari e Tumucumaque (cerca de 850 metros de altitude); (2) a planície Amazônica, faixa sedimentar estreita e alongada no sentido sudoeste-nordeste, através da qual corre o rio Amazonas; e (3) o planalto Sul-Amazônico, que se constitui parcela do planalto Central brasileiro, elevando-se em direção ao sul, onde se encontra a serra dos Carajás.
AQUI VEM O GRANDE DILEMA: A VEGETAÇÃO
Mangues no litoral, campos na Ilha de Marajó, cerrados e a Floresta Amazônica.
A vegetação é rica, exuberante. São cinco tipos de cobertura vegetal, todos enquadrados na classe de formação de "floresta tropical pluvial":
Mata de terra firme, com grande potencial madeireiro ($$$$$$$$$$).
Ou seja, mais desmatamentos para o desenvolvimento dos estados a serem criados, pois não se cria um estado e não se deixa ao deus dará (expressão derivada da idéia de que quem está abandonado, à própria sorte), tem que se investir na pecuária, na agricultura, em indústrias, em novos empreendimentos, novas hidroelétricas, pois a demanda de energia consequentemente será alta, quem paga a conta? A Floresta. Será que ninguém pensa na probabilidade de que, em vez de estarmos criando novos estados, estamos, sim, incentivando a destruição da floresta amazônica e consequentemente a desertificação do norte brasileiro?
Como já vimos com a implantação de projetos de colonização e a política de incentivos a grandes empreendimentos iniciada na década de 60, como Carajás e Tucuruí, que atraem recursos e migrantes à região, mas também provocam graves danos à floresta Amazônica. De acordo com o Ibama, já foram destruídos 20% do 1,1 milhão de km² da cobertura vegetal original. Devastada, sobretudo pela ação ilegal de madeireiras, a mata perde, em média, 17 km² de área por dia. A decadência do extrativismo, uma das consequências do desmatamento, deixa inúmeras famílias paraenses sem meios de garantir seu sustento.
Não sou contra os Paraenses e nem em quem vive, nas localidades a serem criados os novos estados, estou preocupado com a consequência deste empreendimento que, talvez, em vez de beneficiar alguns, vai é prejudicar milhões.
Criando-se os novos estados a natureza “agradece”.
O desmatamento daquela região é coisa muito antiga e há alguns combatentes que vez ou outra denunciam. Tenho a impressão que estão querendo justificar a devastação, desviando a atenção pelos novos empreendimentos. Aquela região de florestas deveria ser intocável e protegida por Lei. Mas há interesse real de proteger? Caminham a passos largos para a destruição. SÃO OS OLHOS MALDITOS DA GANÂNCIA!!!!
ResponderExcluiro futuro da amazônia, já foi traçado, é virar deserto. Sempre os FDP dos governantes arrumam um jeitinho para derrubar árvores e explorar a madeira. Fico indignado com uma situaçao desta, vivendo os efeitos e as consequêcias que o desmatamento traz.
ResponderExcluirSomos algumas vozes que gritamos quase que solitariamente.
ResponderExcluirMe sinto um "porco" grito, grito, grito... e no final acabo na panela. Acho que gritar não é o bastante.
ResponderExcluirrsrsrsrsrsrsrsr. Como sou infeliz!!!! Minha única arma não vale nada.
ResponderExcluirDelan
ResponderExcluirnos que moramos aqui no sul do Pará é que sabemos a importância da criação do estado de Carajás, agente quando precisa de arruma alguma coisa na capital BELÉM é muito dificultoso e longe ela fica do outro lado do estado do Pará...
OBS...
Jogar pedra na janela é fácil, quero vê é ser a janela
Não estou jogando pedra em ninguém, amigo. Estou prevendo o futuro, porque os governantes não investem no sul do seu estado? Preferem agora criar um novo Estado. Ou seja empurrar o problema para outro. Posso te dar um bom exemplo, o Estado de Minas Gerais tem uma política de não deixar os municípios que fazem limítrofes com o estado do Rio crescer, sabe o que acontece, os moradores destas cidades resolvem suas vidas nas cidades do Estado do Rio, quem saí perdendo em arrecadação é Minas Gerais.Uma política desigual em que o povo é que sofre. Como disse, não tenho nada contra os Paraenses,a minha preocupação é com a questão de criar estado e depois deixá-lo ao deus dará. Olha o Acre, Rorraima, Rondônia, o governo federal investem pouco nestes estados, e só investem porque são divisas de países.
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