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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PRIMEIRA USINA DE ENERGIA A PARTIR DE ONDAS JÁ OPERA EM PECÉM (FORTALEZA - CEARÁ)



Sistema está em fase de testes no litoral cearense
 A usina de ondas do Porto do Pecém (Ceará), que transforma os movimentos do oceano em energia, será lançada, oficialmente, durante o evento Rio +20, que começou ontem, dia 13, e se estende até o dia 22 desse mês. O projeto é pioneiro na América Latina e, inicialmente, irá abastecer o próprio Porto. 

O funcionamento ocorre em função de grandes “braços mecânicos" que foram instalados no píer do Porto do Pecém. Na ponta desses mecanismos, em contato com a água do mar, há uma boia circular. À medida que as ondas vão batendo, a estrutura faz movimentos de subida e descida, o que aciona bombas hidráulicas, que fazem com que a água doce contida em um circuito fechado, no qual não há troca de líquido com o ambiente, circule em um local de alta pressão. Essa água que sofre grande pressão vai para um acumulador, que tem água e ar comprimidos em uma câmara hiperbárica, que é o “pulmão” do dispositivo.

A pressão gerada pelo vaivém das ondas chega a equivaler à quedas d’água de até 500 metros, conforme a intensidade da onda.

O estado do Ceará foi escolhido para abrigar o mecanismo principalmente pela constância dos ventos alísios. O movimento desse ar gera ondas regulares no mar cearense. Elas não atingem níveis elevados, como no Havaí, por exemplo, mas são constantes, fator que aumenta a eficiência da usina.

O Brasil tem grande potencial para aproveitar as forças do mar e convertê-las em energia elétrica. O litoral brasileiro, de cerca de 8 mil quilômetros de extensão, é capaz de receber usinas de ondas que produziriam algo em torno de 87 gigawatts, o que equivaleria a 17% do total da base de energia elétrica instalada hoje na País.

Os impactos ambientais desse tipo de fonte energética são considerados baixos. As vantagens são o fato de uma usina de ondas contar com uma fonte abundante, limpa e renovável de recursos.

O custo aproximado entre pesquisa, desenvolvimento e implantação das duas turbinas de Pecém é de R$ 15 milhões.

O sistema já é conhecido e funciona bem em outros países, como Portugal, Holanda, Japão e Reino Unido.