De
acordo com o observatório terrestre da NASA, o buraco de ozônio sobre a
Antártida cresceu muito em 2015. Em 2 outubro deste ano, o Instrumento de
Monitoramento de Ozônio (OMI) observou que o buraco tinha atingido a sua maior
área em um único dia. A imagem abaixo obtida com base em dados adquiridos
com o OMI, mostra o buraco naquele dia. Ele mediu cerca de 28,2 milhões de
quilômetros quadrados – a quarta maior área medida desde o início dos registros
por satélite. A última vez que números tão altos foram registrados foi em
09 de setembro de 2000, com assustadores 29,9 milhões de quilômetros
quadrados.
O efeito de HFCs no esgotamento do ozônio é duplo. |
Outros
números altos foram registrados ao longo dos anos, como por exemplo em 24
de setembro de 2003 (28,4 milhões de quilômetros quadrados) e 24 setembro de
2006 (29,6 milhões quilômetros quadrados). Afinal, por que o buraco na
camada ozônio cresceu tanto este ano? A resposta está em produtos químicos.
UM POUCO DE HISTÓRIA
O
Protocolo de Montreal de 1989 foi um acordo mundial para eliminar gradualmente
a utilização de clorofluorcarbonetos (CFCs), produtos químicos utilizados
principalmente com sprays. O acordo foi assinado depois de uma pesquisa
científica intensa que descobriu que os CFCs aceleraram a destruição das
moléculas de ozônio.
Moléculas
de ozônio, são compostas de três átomos de oxigênio unidos. Em condições
naturais, este processo contínuo de criação e destruição realmente mantém uma
concentração bastante estável ao redor do globo, que tem protegido a vida na
superfície a cerca de 600 milhões de anos. O problema com os compostos de cloro
que vêm de origem dos CFCs, é que eles aceleram reações que destroem a camada
de ozônio, e não há acelerações nas reações de formação de ozônio para
compensar. Infelizmente, mesmo que as fontes de CFCs tenha sido
gradualmente reduzidas, ainda existem elevadas concentrações dele.
NOVAS CONSTATAÇÕES
Além
do CFC, os cientistas da NASA descobriram recentemente que
hidrofluorocarbonetos (HFC) – substâncias químicas produzidas para substituir o
extinto CFCs - também estão tendo um impacto sobre as concentrações de ozônio.
O
efeito de HFCs no esgotamento do ozônio é duplo. Em primeiro lugar, pelo
aquecimento da troposfera – o nível mais baixo da atmosfera. E em segundo
lugar, ajuda a radiação infravermelha alcançar a estratosfera. Assim, enquanto
o troposfera está aquecendo gradualmente, a estratosfera está se resfriando
como um refrigerador, o que acelera as reações químicas que destroem o
ozônio.
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