Que
o açúcar não é bom para a saúde, todos nós sabemos, mas agora, um novo estudo
confirma que ele é mesmo tóxico.
O
termo "tóxico" é o que foi literalmente usado por Robert Lustig,
pesquisador e chefe do estudo realizado pelo Departamento de Pediatria da
Universidade da Califórnia, que analisou a dieta de crianças e jovens
obesos entre 8 e 18 anos.
O
estudo reuniu informações sobre a quantidade de calorias ingerida diariamente,
em média pelos analisados. Um novo cardápio de 9 dias foi elaborado para cada
participante, mantendo o mesmo número de calorias anteriormente ingerida. A
única diferença da nova dieta é que a maioria do açúcar consumido foi
substituído por amido.
"Nós
trocamos frango teriyaki por cachorro-quente de peru, iogurte adoçado por
chips de batata e doces por bagels", diz Lustig. "Com isso, não houve
alteração no peso dos jovens e crianças e nenhuma mudança
nas calorias consumidas."
Depois
de 9 (nove) dias tendo seu açúcar total reduzido para 10% de suas
calorias diárias anteriores, eles mostraram melhorias em todos os resultados.
Em geral, o nível de açúcar no sangue em jejum diminuiu em 53%, juntamente com
a quantidade de insulina produzida (ela é necessária para quebrar os hidratos
de carbono e açúcares). Seus níveis de triglicérides e LDL (o chamado
"colesterol ruim") também diminuíram e, mais importante, eles
mostraram menos gordura no fígado.
Algumas
crianças que eram "resistentes à insulina", ou seja, estavam em uma
situação pré-diabetes, se tornaram somente sensíveis à insulina.
Diminuir o açúcar é prioridade |
A
dieta que ele forneceu as crianças não é considerada ideal a partir de uma
perspectiva de saúde - amidos ainda são uma fonte considerável de calorias e
podem contribuir para o ganho de peso. Mas Lustig contou com os amidos para
provar cientificamente que o efeito do açúcar sobre o corpo vai além de
calorias e peso. "Eu não estou sugerindo de maneira nenhuma que tenhamos
dado a eles comida saudável", diz ele. "Demos-lhes comida ruim,
comida pouco saudável, alimentos processados e eles, ainda assim, ficaram melhores.
Imagine o quanto melhor eles teriam ficado se, ao invés de substituído, o
açúcar tivesse sido retirado. Os resultados teriam sido surpreendentes. Essa é
a questão."
A
comunidade científica reconhece a importância e a seriedade do estudo, mas
questionam se as crianças teriam mentido sobre o
cardápio "habitual", anterior à dieta e pelo risco que de tirar
o foco do problema da obesidade, que é realmente o grande vilão dos tempos
modernos.
E você, o que acha?
Será que não vale a tentativa de reduzir substancialmente o açúcar para
melhorar a qualidade de vida e manter uma dieta saudável, sem substituições?
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