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terça-feira, 13 de março de 2018

MACRÓFAGO, A CÉLULA QUE MANTÉM AS TATUAGENS NA PELE E PODE UM DIA AJUDAR A APAGÁ-LAS



Uma solução eficaz para apagar tatuagens na pele pode estar no próprio corpo humano.
É o que indica uma descoberta feita por cientistas franceses quase acidentalmente, já que este não era o objetivo principal de sua pesquisa.
Descoberta pode facilitar a interrupção do processo orgânico que mantém a tatuagem na pele. Direito de imagem Getty Images
Hoje, aqueles que desejam apagar os desenhos na pele têm poucas opções - basicamente tratamentos com raios laser que não são totalmente eficazes e, em geral, são bastante dolorosos.
Mas os macrófagos, um tipo de célula de defesa do organismo, podem se revelar uma melhor alternativa.
Os macrófagos ingerem e destroem bactérias e células frágeis Direito de imagem Getty Images
As células que comem
Os macrófagos fazem parte do sistema imunológico e estão nos nossos tecidos.
Essas células são capazes de ingerir e destruir bactérias e células danificadas a partir de um processo chamado fagocitose. E, segundo pesquisas recentes, os macrófagos são atraídos pela ferida que dá lugar à tatuagem e "comem" os pigmentos de tinta como fariam com um agente a ser eliminado.
Pigmento verde de uma tatuagem é visto dentro de um macrófago; no centro, o pigmento a liberado após a morte de uma célula; à direita, 90 dias depois, a tinta é recuperada por uma nova célula | Imagem: Baranska et al., 2018
Mas, apesar das tatuagens a princípio durarem para sempre, o mesmo não acontece com estas células que contêm seus pigmentos. Ao morrer, os macrófagos deixam como "herança" tais pigmentos, que são então incorporados pela nova célula.
Assim, a tinta das tatuagens é mantida por uma sequência infindável: quando um dos macrófagos morre e libera os pigmentos de cor, outro aparece semanas depois e ingere o material.
"O fato de um macrófago suceder o outro explica por que as tatuagens ficam na pele", explica Sandrine Henri, uma das pesquisadoras do Centre d'Immunologie de Marseille-Luminy que participou do estudo, publicado neste mês no periódico Journal of Experimental Medicine.
Novo método à vista?
Mas se esse processo é interrompido a tempo, as células que substituem aquelas mortas não conseguem capturar os pigmentos da tatuagem.
"Isso aumenta a possibilidade de que o sistema linfático se desfaça das partículas da tinta da tatuagem", explica Henri.
Assim, a manipulação deste processo poderia ser associado ao uso de raios laser - que são capazes de matar células na pele.
Henri e sua equipe estão trabalhando agora no desenvolvimento de um método que iniba o trabalho de algumas células do sistema imunológico e dos macrófagos.

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