Uma descoberta feita no Quênia está deixando cientistas e
paleontólogos de todo o mundo extremamente inquietos. Trata-se de um conjunto
de ferramentas encontrada em um sítio arqueológico datado do período Plioceno,
ou seja, há mais de 3,3 milhões de anos. O dado é que esse tempo é anterior ao
surgimento dos primeiros homens.
O primeiro homem conhecido é o Homo habilis, que surgiu milhares de
anos depois do período Plioceno. Por conta disso, cientistas e especialistas
acreditam que a nova descoberta poderá fazer com que toda a história da
humanidade — e talvez do planeta — seja reescrita. Isso porque, além da data em
questão, as ferramentas são consideradas bastante sofisticadas: há martelos,
bigornas e seixos esculpidos.
Em artigo publicado na Nature, revista especializada no ramo, os
responsáveis pela descoberta deram o nome de Lomekwian a essa produção
proto-humana. Ela é 700 mil anos mais velha que a produção olduvaiense, até
então a mais antiga já descoberta. Mais do que a antiguidade, os pesquisadores
agora se preocupam com a única pergunta sem resposta: se essas ferramentas são
anteriores ao homem, quem as teria produzido e utilizado?
Em relatos recentes, cientistas afirmam que serem marinhos como os golfinhos já
utilizaram ferramentas ao longo de seu desenvolvimento. A teoria, porém, é
controversa e não aceita por toda a comunidade. A descoberta no Quênia abre
mais um caminho para que se descubra além disso e, portanto, é considerada
histórica.
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