Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

Sejamos proativos nas questões relacionadas às mudanças climáticas, pois não seremos poupados de seus efeitos devastadores a curto e longo prazo.
gmsnat@yahoo.com.br
Um Blog diferente. Para pessoas diferentes!

Grato por apreciar o Blog.
Comentários relevantes e corteses são incentivados. Dúvidas, críticas construtivas e até mesmo debates também são bem-vindos. Comentários que caracterizem ataques pessoais, insultos, ofensivos, spam ou inadequados ao tema do post serão editados ou apagados.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

O QUE É A SENSAÇÃO TÉRMICA - E COMO ELA EXPLICA O FRIO “SIBERIANO” NO SUL DO BRASIL


Sensação térmica chegou a -29ºC em Urupema, na serra catarinense

Não se fala de outra coisa: o frio chegou antes mesmo do início do inverno e fez as pessoas tirarem os casacos do armário em boa parte do país.
Chamaram especialmente atenção as temperaturas extremamente baixas registradas na serra catarinense na última quinta-feira.
Às 6h, os termômetros marcaram -5,3ºC em Urupema, segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (CIRAM), mas a sensação térmica era de -29ºC, segundo boletins meteorológicos locais - um frio "siberiano" em pleno território brasileiro.
Mas o que é a sensação térmica? E como ela é calculada?
"É a diferença entre o que o aparelho registra e o que o corpo humano de fato sente nas condições de um lugar em um determinado momento. Para calculá-la, usamos uma tabela que leva em conta algumas variáveis, como a temperatura e a intensidade do vento, no caso de temperaturas mais frias", diz Manoel Rangel, do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet).
Frio congelou as folhas caídas no chão
No caso de Urupema, cidade localizada a 1.750 metros acima do nível do mar, as temperaturas baixas são comuns, tanto que a cidade se autointitula a "mais fria do Brasil".
"À medida que você se distancia do nível do mar, a atmosfera fica mais rarefeita. Há menos vapor em suspensão no ar, um dos componentes responsáveis por regular a temperatura, já que a água retém calor", afirma Alexandre Nascimento, da Climatempo.
Vento e umidade
Mas, quando há um vento com velocidade de 80km/h, como o registrado na manhã de quinta-feira, o frio fica ainda mais acentuado.
"A forte massa polar que avança sobre o país neste momento, aliada ao vento forte, gera esse frio siberiano que estamos vendo", diz Nascimento.
O meteorologista explica que, no caso do calor, o que mais influencia uma sensação termina é a umidade.
Cachoeira congelada fez a alegria dos turistas em Urupema
"Nosso corpo usa a água liberada por meio do suor para se resfriar. Se a umidade no ar está alta, isso significa que há mais água no ambiente. Então, suamos menos, aprisionando o calor no corpo e criando uma sensação de abafamento", afirma Nascimento.
O especialista explica como isso afeta, por exemplo, a cidade de Manaus, que fica uma região muito úmida. "No verão, faz cerca de 30ºC por lá, mas, por causa da umidade da floresta, a sensação térmica pode ser de 10ºC a mais", diz.
"Assim, 40ºC em Cuiabá, onde é mais seco, pode significar um calor menos 'intenso' do que 30ºC em Manaus."
Inverno com “cara de inverno”
Cenas como essa devem se repetir nos próximos meses
Os meteorologistas esclarecem, no entanto, que a sensação térmica é calculada levando em conta as condições médias do corpo humano.
"É algo subjetivo, porque cada pessoa percebe a temperatura de uma maneira diferente. Uma pessoa com mais gordura corporal tende a sentir menos frio que alguém mais magro", explica Rangel.
"O cálculo tanto do índice de calor quanto de frio é baseado em uma equação matemática que leva em conta as características médias da população. Se não fosse assim, seria preciso ter um termômetro para cada pessoa", afirma Nascimento.
Segundo o meteorologista da Climatempo, a expectativa é de que o frio se intensifique ainda mais neste final de semana.
"Depois desta segunda-feira, a tendência é a temperatura subir um pouco. Mas ainda teremos massas polares fortes nos próximos meses", diz Nascimento.
"Nos últimos dois anos, o fenômeno El Niño dificultou a chegada de massas de ar frio ao Brasil ao retê-las no sul da Argentina. Neste ano, ele não está presente. Vamos ter um inverno com cara de inverno."

Nenhum comentário:

Postar um comentário