A invasão de espécies exóticas, juntamente com a destruição dos habitats naturais e, recentemente, o aquecimento global são considerados as principais causas de perda de biodiversidade de espécies.
Dentro do que entendemos por espécies exóticas existe o que se chama de "espécies exóticas invasoras" com as quais realmente devemos nos preocupar, pois essas vêm causando sérios desequilíbrios nas populações de espécies nativas. Entre os exemplos de espécies que se enquadram nesta classificação temos o caramujo-africano, o mexilhão dourado, o capim-vermelho o tucunaré nativo da Amazônia e hoje já estabelecido em outras bacias hidrográficas do Brasil (Rio Paraguai, Rio Tietê, Rio São Francisco,Rio Paraíba do Sul), o bagre africano também presente em muitas bacias hidrográficas do Sudeste.
As principais consequências das chamadas bioinvasões além da perda da biodiversidade são: homogeneização dos ambientes, alterações dos ciclos ecológicos naturais e alteração das dinâmicas populacionais. Existem alguns aspectos relacionados com a biologia das espécies invasoras que as habilitam a ter sucesso na conquista de novas áreas: crescimento rápido e reprodução precoce, elevado sucesso reprodutivo, sementes pequenas e abundantes, banco de sementes de longa viabilidade, alelopatia, se reproduzem via sementes e de forma vegetativa, maior plasticidade e capacidade de adaptações, elevado potencial dispersor, colonizador e dominador nos ambientes invadidos.
As principais causas da introdução das espécies exóticas são: a introdução de espécies exploradas para fins ornamentais, plantas cultivadas com fins alimentares, introdução involuntária, plantas forrageiras utilizadas para pastagens e cultivadas com fins silviculturais. Quando mais complexa for a organização estrutural, maior riqueza de espécies, maior integridade, maior a diversidade de grupos, maior será a resistência deste ambiente à invasão de espécies exóticas. Atualmente, existem 480 espécies consideradas exóticas invasoras, das quais se estima que cerca de 30% correspondem a espécies com potenciais de originar as chamadas pragas.
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