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sábado, 18 de fevereiro de 2012

ORIGEM DA AIDS

The River
Quatro anos após terem argumentado que os seres humanos provavelmente adquiriram o vírus da Aids ao comerem carne de chimpanzés, os mesmos pesquisadores dizem agora que rastrearam a origem do organismo até uma etapa ainda anterior - quando macacos foram devorados por chimpanzés.
Eles acreditam que o precursor simiano do vírus da Aids tenha sido criado em chimpanzés que comeram a carne de duas espécies de macacos infectados por vírus diferentes, mas aparentados: o mangabey de topete vermelho e o guenon de bigode.
Os pesquisadores chegaram a essa dedução ao sequenciarem os genes dos vírus simianos da imunodeficiência em chimpanzés e em 30 espécies de macacos e, a seguir, compilarem as "árvores genealógicas" para verificar quais deles tinham parentesco mais próximo.
O estudo foi realizado em conjunto por pesquisadores da Universidade de Nottingham, Universidade do Alabama em Birmingham, Universidade Duke, Universidade Tulane e Universidade de Montpellier, na França. A conclusão é importante, afirma Beatrice Hahn, virologista da Universidade do Alabama em Birmingham e uma das autoras do estudo, "porque demonstra que os chimpanzés adquiriram o vírus exatamente da mesma forma que os humanos - ao devorarem animais que caçaram".
Nem os chimpanzés nem os macacos adoecem devido ao vírus. Ao contrário dos outros grandes macacos, os chimpanzés são caçadores formidáveis. Tropas de machos frequentemente trabalham em conjunto; alguns perseguem os macacos por entre as copas das árvores enquanto outros aguardam nas árvores próximas para derrubar com um golpe as suas presas dos ramos. Outro grupo, no solo, segue a movimentação, saltando sobre os macacos que são derrubados e espancando-os até a morte.
Os machos caçadores despedaçam as suas presas membro a membro e as comem no local da caçada, dividindo as carcaças ou trocando-as por relações sexuais com as fêmeas, de forma que é fácil visualizar o contato com o sangue, derivado de "feridas abertas ou da mastigação de ossos", diz um pesquisador. A teoria mais aceita sobre a origem do HIV é que em algum lugar na África Central, provavelmente entre 1910 e 1950, um chimpanzé caçador contraiu o vírus ao se ferir enquanto esquartejava uma carcaça de macaco.
A seguir, o vírus simiano sofreu uma mutação, transformando-se no HIV e espalhando-se entre os humanos, na maioria dos casos por meio de relações sexuais. No entanto, "muita gente não acredita nisso e diz que a origem do vírus está na vacina contra a poliomielite, em agulhas sujas, em tatuagens ou em práticas tribais malucas", afirma Hahn. "Isso revela falhas de argumentação." Especialistas que não estão vinculados ao estudo dizem que ele é plausível.
Ronald Desrosiers, professor de genética da Escola de Medicina da Universidade Harvard, diz que "parece que a teoria faz sentido" e demonstra como é fácil a transferência de doenças entre espécies. Outro especialista, Edward Hooper, argumentou no seu livro de 1999, "The River" ("O Rio"), que um vírus de chimpanzé foi transmitido aos seres humanos quando uma vacina oral experimental contra a poliomielite foi cultivada em um meio contendo células de chimpanzé e utilizada em regiões do antigo Congo Belga, de 1957 a 1960.
Ele diz que o novo estudo é "razoavelmente plausível, embora baseado em dados limitados". "Não tenho problemas com relação à idéia de que os chimpanzés contraíram o vírus ao comerem macacos", afirma.
Os cientistas acreditam que dois vírus de macaco estão envolvidos no processo, já que o vírus dos guenons (Cercopithecus nictitans) era o mais assemelhado na parte do genoma que contém o código para o envelope proteico do micro organismo, enquanto que o vírus do mangabey (Cercocebus torquatus) apresentou maior similaridade em um segmento diferente. Não há meios de se saber quando os dois vírus se fundiram no organismo de um chimpanzé. "Pode ter sido há séculos ou há dezenas de milhares de anos", explica Hahn.
O vírus do chimpanzé foi encontrado em duas subespécies que habitam a África Central, conhecidas como troglodytes e schweinfurthii, mas, até o momento, não na subespécie que vive mais a oeste, o verus, e tampouco em uma espécie próxima, que habita uma região ao sul do Rio Congo, o banobo peludo ou chimpanzé pigmeu.
O fato de o vírus não ter conseguido se disseminar entre todos os chimpanzés antes de estes terem se diversificado em subespécies sugere que o micro organismo é relativamente novo, dizem os pesquisadores. As subespécies estão separadas há períodos enormes por grandes rios como o Congo e o Ubangi, já que os chimpanzés são incapazes de atravessar barreiras aquáticas.
Um estudo assemelhado sobre o vírus em chimpanzés selvagens, realizado por vários dos mesmos autores, e que deve ser publicado no periódico "Journal of Virology" no mês que vem, revela que a sua ocorrência é bem menos comum nesses animais do que nos macacos e que a taxa de infecção varia de região para região e de bando para bando. Nenhum dos chimpanzés estudados no Parque Nacional Kibale, em Uganda, estava infectado. Estima-se que cerca de 13% dos chimpanzés do Parque Nacional Gombe, na Tanzânia, tenham o vírus.
Já entre os macacos adultos, entre 50% e 90% da população está infectada com a sua versão do vírus, diz Paul M. Sharp, professor de genética da Universidade de Nottingham. Devido ao fato de os chimpanzés selvagens, que chegam a quase dois metros de altura, serem capazes de matar facilmente os seres humanos, a obtenção de amostras sanguíneas é tarefa perigosa, de forma que os pesquisadores observam os animais de uma distância suficientemente próxima para que possam examinar amostras de fezes e urina. Ainda não se sabe exatamente como os chimpanzés infectam uns aos outros e por que a doença não está mais disseminada entre eles, já que possuem vários parceiros sexuais e brigam com frequência, muitas vezes distribuindo mordidas, uma prática que em alguns raros casos resultou na transmissão do vírus entre os humanos.

Vídeo
Origem da AIDS

Sobre o Livro ( ainda não publicado no Brasil)
LIVRO "THE RIVER" - VACINAÇÃO ANTIPÓLIO E A AIDS
 
Edward Hooper, um investigador, escreveu a um tempo atrás um livro chamado "The river", onde traz paralelos entre a criação da vacina antipólio e a aids.
Depois que 11 crianças ficaram doentes devido a vacina salk, Sabin e Hilary Koprowski se ajudavam e ao mesmo tempo competiam para determinar uma vacina efixaz contra a pólio.
Ambos usavam material de macacos. Dr. Kaprowsky para testar sua vacina experimental CHAT fez uma campanha de imunização em massa no Congo em 1957. Documentos e testemunhos, além de vídeos mostram que foram usados chimpanzés (portadores do vírus SV40, tido como ancestral do HIV) na fabricação local de vacinas.
Em 2000, Hooper debateu na Real Society no Reino Unido contra Hilary Koprowski. O grupo de cientistas utilizou-se de provas fraudulentas contra a contaminação humana pelo que viria a ser o HIV. Como cartada final, Apresentaram uma análise de vacina em que não havia sinais de DNA de chimpanzé ou SIV40.
Só que a amostra utilizada não havia sido produzida no laboratório no Congo Belga, mas sim nos laboratórios de Krapowski nos EUA. Logo, não serviria como prova. Outro argumento já comprovadamente derrubado versa sobre aids humana na década de 30, nunca provado até hoje.
Amostras do vírus da pólio foram enviadas a URSS (terra natal de Krapowski)e Hungria. Essas amostras utilizaram macacos Rhesus para fabricação de vacinas, não contaminadas por vírus animais. Já na África, foram utilizados chimpanzés nessa fabricação. Foram usados mais de 600 chimpanzés, sendo que de 2 a 3 eram mortos por dia.
Dr. Sabin remeteu uma carta ao Doutor Krapowski, informando-lhe que suas amostras estavam contaminadas por um vírus que ele chamou de "vírus X". Dr. Krapowski de pronto lhe respondeu, argumentando que inventar infâmias contra o adversário não era algo válido. Dr. Sabin então nada mais argumentou com seu agora ex colega e amigo. E o pior que havia amostras contaminadas do próprio Dr. Sabin contaminadas também.
Um dos membros do Real Society argumentou que atentar contra a legitimidade da vacina antipólio ou sua ligação com o nascimento da AIDS era um duro golpe a indústria de transplante de órgãos animais-humanos (xenotransplantes). Além do que poria por terra a confiança da população em relação a vacina. Dessa forma, nenhum cientista ligado a descoberta das vacinas antipólio (como a CHART, salk ou Sabin).

4 comentários:

  1. Tá difícil chegarem a alguma conclusão sobre a AIDS. Diante disto, resta ter responsabilidade sobre a própria vida e precaver-se contra este mal que está aí escancarado. Depois de contaminado não adianta chorar e nem apelar para os deuses.

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  2. Tem que morrer muitas pesssoas, o planeta está sobregarregado. Acho que o vírus da Aids vai sofrer uma mutação genética e fuder com a vida de muita gente.

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  3. alguns anos atrás eu assisti um filme sobre o incio da Aids,um pesquisadores identificarão o vírus em uma especie de macaco hreus.Não lembro o nome do filme,estou precisando fazer uma pesquisa sobre o assunto ,por um acaso vocês sabem o nome desse filme.

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  4. O filme é este mesmo, A Origem da Aids, este documentário deu origem ao Livro The River (O Rio) ainda não publicado no Brasil.

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