Foto
de satélite do raríssimo furacão de janeiro no Atlântico
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O
El Niño, apelido dado ao ciclo climático que resulta em um aquecimento anormal
das águas do Oceano Pacífico, voltou surpreender os cientistas.
O
fenômeno - que afeta o clima em todo o planeta - está sendo apontado como
responsável pela raríssima formação de um furacão no Atlântico em janeiro.
"Alex",
cuja chegada a território europeu está prevista para este final de semana, no
arquipélago português de Açores, é apenas a quarta tempestade do gênero a se
formar no Atlântico neste mês específico desde que tiveram início os registros,
em 1851. E apenas a primeira desde 1938.
Autoridades
portuguesas pediram aos mais de 245 mil moradores de Açores que se preparem
para ventos de até 160 km/h e ondas de até 18 metros de altura - a defesa civil
está em alerta para inundações e deslizamentos de terra.
A
chamada temporada de furacões no Atlântico normalmente ocorre entre junho e
novembro, embora a cada 10 anos seja registrada pelo menos uma tempestade fora
desta "janela". Para os cientistas, a formação deste furação é
consequência da intensidade incomum do El Niño deste ano - segundo a
Organização Meteorológica Mundial, trata-se de um dos mais fortes desde a
década de 50.
O
arquipélago de Açores tem cerca de 250 mil habitantes
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O
El Niño ocorre a cada sete anos e, segundo especialistas, o fenômeno está
ligado a secas e inundações ao redor do mundo.
O
furacão Alex se formou por volta de 7 de janeiro, na costa sudeste dos Estados
Unidos. Cientistas estimam que a tempestade não fará mais entradas na Europa e
que provavelmente se dirigirá a Groenlândia.
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