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sábado, 11 de agosto de 2012

PORQUE MARTE É CHAMADO DE PLANETA VERMELHO

Agora que a nave Curiosity conseguiu pousar com segurança em Marte, podemos esperar uma inundação de fotos avermelhadas. Mas por que mesmo o planeta vermelho é vermelho?
A resposta mais simples e óbvia é que Marte é vermelho por que o regolito, ou a poeira que cobre o planeta, é rica em óxido de ferro, ou ferro “oxidado”, o mesmo elemento que também dá a cor avermelhada ao sangue. Mas esta resposta levanta outras três: por que Marte é rico em ferro? Por que este ferro está oxidado? E por que o ferro oxidado tem esta coloração avermelhada?
Tudo começou 4,5 bilhões de anos atrás, quando o nosso sistema solar ainda estava em formação. Cada planeta recebeu sua dose de poeira ferrosa. Na Terra, a maior parte do ferro acabou afundando quando o planeta estava mais líquido, e formou o núcleo que é hoje responsável pelo nosso forte campo magnético.
Já em Marte a coisa é diferente. O planeta é menor, e talvez a gravidade menor seja responsável pelo ferro não afundar tão rapidamente. O núcleo formado é pequeno, e o resto do planeta é rico em ferro.
Isso explicaria a riqueza de ferro, mas por que a cor vermelha? Originalmente, o ferro é preto. Mas se ele for exposto a oxigênio suficiente, ele se torna óxido de ferro III, uma molécula composta de dois átomos de ferro e três átomos de oxigênio. O que nos leva a mais uma pergunta: como é que tanto oxigênio combinou-se com ferro, em Marte?
Marte é vermelho por causa da abundância de óxido de ferro no planeta
E para esta pergunta ainda não há uma resposta definitiva. De certo, só sabemos que algum tipo de intemperismo gradualmente oxidou o ferro em Marte, mas será que foram as chuvas marcianas que oxidaram o ferro? Ou foi o sol, quebrando os componentes da atmosfera marciana em oxidantes como o peróxido de hidrogênio e ozônio, que causou a lenta oxidação durante os bilhões de anos que se passaram? Ou será que a teoria sugerida em 2009, que as tempestades marcianas foram quebrando os grãos de sílica, e expondo sua superfície rica em oxigênio ao contato com o ferro?
Enquanto ninguém souber a resposta certa, a cor avermelhada de Marte será, de certa forma, um mistério. Seja lá como foi que aconteceu, a cor avermelhada deve-se, em última análise, ao fato do óxido absorver os comprimentos de onda azuis e verdes, e refletir os comprimentos de onda vermelhos.
E graças a esta cor sanguínea, visível a dezenas de milhões de quilômetros de distância, o planeta está ligado ao nome do deus romano da guerra – Marte. Outras civilizações também nomearam o planeta pela sua característica mais marcante. Os egípcios o chamavam de “Her Desher”, ou “o vermelho”, enquanto os astrônomos chineses antigos chamavam-no de “a estrela de fogo”.
CURIOSIDADES SOBRE O PLANETA VERMELHO
Marte, o quarto planeta a partir do sol, recebe seu nome em homenagem ao deus romano da guerra (e graças à sua cor de sangue-ferrugem). 
Marte agora é vermelho mais no passado era como um carvão vegetal - NASA / ESA / Hubble Team
Do ponto de vista exploratório, o apelido é apropriado: Marte lutou contra a maioria dos nossos avanços científicos. Mais da metade das naves espaciais enviadas para estudar o planeta vermelho (que foram mais de 40) fracassaram, algumas se perderam no espaço, e outras desmoronaram na superfície do planeta.
Apesar disso, nossa curiosidade sobre Marte nunca diminuiu. Várias missões continuam insistindo no planeta dos potenciais marcianos (uma de uma nave chamada Curiosidade, inclusive).
Os cientistas esperam que essas novas missões ajudem a responder velhos mistérios desse mundo, que incluem:
Morada da vida?
Não há como falar sobre Marte sem levantar a questão da vida. Muitos cientistas consideram o planeta vermelho o lugar mais provável em nosso sistema solar em que a vida extraterrestre poderia ter se desenvolvido uma vez – ou mesmo ainda existe. O que todo mundo quer saber é: o planeta já abrigou vida?
Hoje, e na maior parte de sua história, Marte é um mundo frio, seco e desolado. Mas várias linhas de evidência apontam que o planeta já foi quente, úmido e muito mais parecido com a Terra – isso cerca de quatro bilhões de anos atrás, no início de sua vida.
Para criar vida, é necessária água. E adivinhem? Sinais indicam que Marte já foi absolutamente encharcado. Minerais na sua superfície, tais como sulfatos e argilas, só poderiam ter se formado na presença de água.
Muitas características geológicas sugerem que grandes torrentes de água fluíram no planeta. Uma enorme quantidade de água ainda existe em Marte, mas congelada e afastada (nas calotas polares), como permafrost e gigantes geleiras subterrâneas recém-descobertas.
Evidências de vida microbiana marciana já vieram em muitas formas: uma experiência contestada na década de 1970; um famoso “meteorito marciano”, recuperado na Antártida, com estruturas estranhas que alguns pesquisadores interpretaram como minúsculos fósseis preservados na rocha que decolou de Marte; e baforadas de metano na sua atmosfera fina que poderiam ter uma origem biológica.
De quente e úmido a frio e seco
O próximo grande mistério sobre Marte é: o que aconteceu? Marte era quente, molhado e interessante apenas 500 milhões a um bilhão de anos atrás. E daí a diversão simplesmente acabou?
Futuras missões de exploração em Marte levarão equipamentos mais sensíveis para ajudar a responder as perguntas inter-relacionadas sobre a vida e a mudança gritante de condições no planeta vermelho.
A NASA vai pousar em Marte no próximo verão do hemisfério norte e começar a analisar rochas enviando imagens a Terra para estudo. Além disso, a Agência Espacial Europeia está preparando uma nave para um lançamento ao planeta em 2018. Uma missão de recolha de amostras de solo e rochas de Marte tem sido considerada, mas ainda não está programada.
Pouco a pouco, os cientistas esperam responder se Marte já teve uma atmosfera espessa, e também como a atividade geológica e o vulcanismo influenciaram o planeta ao longo das eras. Afinal, Marte é a casa do Vale Marineris, um dos sistemas cânions mais longos conhecidos, e de Monte Olimpo, o maior vulcão do sistema solar.
Dois hemisférios muito diferentes
Marte é muito diferente de norte a sul: as planícies mais jovens com poucas crateras predominam no norte, enquanto montanhas antigas cheias de crateras caracterizam o hemisfério sul. O hemisfério norte também é em média de 5 quilômetros menor do que o sul. Como?
A melhor aposta para a “dicotomia hemisférica” de Marte é um impacto gigante que deve ter ocorrido no norte a partir de um corpo do tamanho de Plutão quatro bilhões de anos atrás. Se a teoria estiver correta, isso significaria que 40% do norte de Marte é na verdade uma cratera de impacto. Isso daria ao planeta outro superlativo geológico: a maior cratera de impacto do sistema solar.
Luas engraçadas e irregulares
Marte tem duas luas pequenas, em forma de batata, chamadas Fobos e Deimos. Em muitos aspectos, incluindo tamanho, forma, cor e composição aparente, as luas parecem ser asteroides capturados pela gravidade rebelde de Marte. Mas o fato de que Fobos e Deimos têm órbitas circulares em cima do equador de Marte desafia esse conceito.
Seria muito improvável que dois asteroides capturados tivessem essa trajetória e história subsequente para se resolver em tal arranjo orbital. Como Fobos e Deimos realmente chegaram a Marte permanece um mistério.
As luas poderiam ter se formado a partir de material retirado de Marte por um impacto, assim como nossa lua, e mantiveram uma forma irregular porque lhes faltava a massa e gravidade correspondente para se tornarem esféricas.
Também, nas décadas de 1950 e 1960, nasceu a especulação que Fobos e Deimos pudessem ser artificiais – mas isso já foi desmascarado, juntamente com todos os outros rumores marcianos sobre irrigações, canais, rostos humanos esculpidos em rochas e pequenos homens verdes com armas de laser.
Fonte: Space  e MSNBC

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