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quinta-feira, 10 de março de 2011

CARAMUJOS AFRICANOS - COMO COMBATER

De novo vou falar sobre esta "Praga" que está assolando o nosso município, e que nenhuma autoridade se mobiliza para fazer uma campanha de prevenção, informação e medidas de controle deste animal.
Senhores da Vigilância Sanitária e Ambiental, Secretário de Saúde, o Executivo, e o Legislativo. Quando vocês irão tomar providências e mobilizar os Presidentes de Bairros, Diretores das Escolas Municipais e Estaduais e a População em geral para que possamos em conjunto amenizar e controlar a proliferação deste animal em nosso município, vou aqui informar algumas características das doenças transmitidas pelo Caramujo Africano Achatina fulica (pronuncia-se: acatina fúlica)
O caramujo-africano é um hospedeiro intermediário de duas espécies de nematoides Angiostrongylus costaricensis e A. cantonensis). O primeiro pode ocasionar a angiostrongilíase abdominal, causando perfuração intestinal, peritonite e hemorragia, podendo resultar em óbito, caso não se tenha diagnóstico e tratamento corretos, cujos sintomas são semelhantes a uma apendicite, mascarando a presença da doença nas estatísticas públicas. Tem-se registro desta forma abdominal nos Estados do Rio Grande Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, mas neste caso sendo os hospedeiros intermediários Phyllocaulis variegatus, lesma de grande distribuição geográfica no Continente Sul-Americano, e outros moluscos como Limax maximus, L. flavus e Biomphallaria similaris.

A outra espécie, Angiostrongylus cantonensis, pode transmitir o nematóide causador da angiostrongilíase meningoencefálica ao homem (meningite ou meningoencefalite eosinofílica), apresentando estados clínicos muito variáveis, embora, poucas vezes fatal, os sintomas podem se arrastar por meses, ocorrendo casos de lesões oculares permanentes (cegueira). Parece ser contraída pelo homem por meio da ingestão de larvas de terceiro estádio (L3) deste nematoide, ou de moluscos infectados pelo verme. Como as larvas são encontradas no muco produzido pelo molusco e, por serem ávidos por verduras, legumes e frutas como fonte alimentar, é provável que o consumo humano desses vegetais seja a maneira mais comum de contaminação (presença de muco elicina) do patógeno.


O conhecimento do ciclo vital de Angiostrongylus, apesar de incompleto, mostra uma complexidade de situações nas quais o homem, provavelmente, aparece como hospedeiro eventual. O molusco é hospedeiro intermediário e são os pequenos roedores urbanos e silvestres os hospedeiros definitivos, bem como reservatórios do nematoide. Grande número de outras espécies de moluscos é experimentalmente susceptível à infecção pelo nematoide. No contexto epidemiológico atual, a angiostrongilíase meningoencefálica permanece ausente na área continental americana.  
•     Por medida de segurança lavar bem as frutas , hortaliças, verduras e legumes  e fazer a desinfecção com hipoclorito de sódio ( colocar em imersão em uma colher de chá de água sanitária para um litro de água, de 15 à 30 minutos), antes de consumir esses alimentos.

Comparação entre o aspecto do caramujo africano – Achatina fulica e alguns gêneros  de moluscos.
 
Forma da postura do caramujo africano, detalhes dos seus ovos

MEDIDAS DE CONTROLE
1) Ocorrendo o molusco, certifique se é realmente o Caramujo Africano; em caso de dúvida, colete exemplares (pelo menos uns 5 ou 6), utilizando luvas ou sacos plásticos, coloque em solução alcoólica 70%. Em seguida, coloque uma etiqueta contendo data, local, nome de quem coletou e envie este material para identificação ao IBAMA, universidades ou centros de pesquisa. A concha vazia e uma boa foto também podem servir para identificação. 
2) Aprenda a diferenciá-lo  dos moluscos nativos, (vide figuras anteriores) para que estes sejam preservados. No caso da possível presença do Caramujo Africano, informe às autoridades municipais (Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância Sanitária, IBAMA, etc). 
3) Em residências (jardins, hortas, pomares) ou bairros, colete os caramujos e os ovos manualmente, utilizando uma luva de borracha ou similar ou mesmo uma pá e coloque-os em sacos plásticos dentro de um recipiente adequado (tambores, lixeiras com tampas ou sacos plásticos de alta resistência). Em caso de contato acidental, basta apenas lavar as mãos com água e sabão. Os melhores horários para o procedimento de coleta são pela manhã ou no final da tarde. 
4) Organize coletas periódicas, durante todo o ano, procurando eliminar locais de ocorrência do animal como lixos (pneus, latas, entulhos, plásticos, tijolos, telhas, madeiras, etc) dos quintais e lotes baldios, tentando evitar também ratos, baratas, escorpiões, aranhas, moscas e mosquitos. 
5)Para o descarte 
•  No local utilizado pelo Município, para a disposição do lixo domiciliar, cave previamente uma vala com um metro e meio de profundidade; a largura e o número de valas variam de acordo com a quantidade de caramujos coletados. 
•  No caso do local de descarte não ser licenciado como aterro sanitário, proceda como no item anterior, forrando o fundo da vala com uma camada de cal virgem para impermeabilizar o solo, o que evita a contaminação do lençol freático.   
EVITAR AS SEGUINTES CONDUTAS
 •  Não use sal para controlar os caramujos, para evitar a salinização do solo, destruindo o gramado e as plantas por muitos anos. 
•  A utilização de venenos ou moluscicidas não deve ser feita, uma vez que outros animais e até pessoas podem ser contaminadas, e até morrerem.

 
Método Adequado para a captura do animal (luvas ou sacos plásticos)


Presença do caramujo africano em diferentes habitats.
Vamos Tomar uma atitude diante desta praga, antes que aconteça vítimas fatais!!!

2 comentários:

  1. Que situação, hein? Estamos perdidos a tal ponto que se sairmos da frigideira quente cairemos no fogo.

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  2. Isto que dá em introduzir espécies exóticas em outo país, trouxeram esta porcaria para substituir o scargot e a aceitação não foi boa, os produtores em vez de exterminá-los descartaram no meio ambiente, taí a merda feita. Pior são os agentes de vigilância sanitária em conjunto com os órgãos ambientais que deixaram entrar este animal no país. Isto me faz lembrar Pereira Passos então prefeito do Rio de Janeiro, com o aval de Oswaldo Cruz que trouxe o Pardal pois os pardais eram considerados inimigos dos mosquitos e outros insetos transmissores das enfermidades que grassavam no Rio, olha no que deu, o Pardal europeu e ave rural aqui virou praga urbana.

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