Staphylococcus aureus: As bactérias resistentes
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)
Um novo estudo, levado a cabo por Simon Harris, um filogenetista bacteriano do Instituto Wellcome Trust Sanger em Hinxton, Inglaterra, e seus colegas, e que foi publicado recentemente em Science, revela que o Staphylococcus aureus resistente à meticilina, ou MRSA pelas siglas em inglês, como é mais conhecido, muta muito mais rapidamente do que pensavam até agora.
Esta bactéria, habitual nas infecções hospitalares, consegue mudar pelo menos uma letra (nucleótido) no seu genoma cada seis semanas, e a maior parte deles nos genes envolvidos na resistência aos antibióticos. Esta taxa de mutação nestes genes é muito superior à que se poderia esperar de mutações ao acaso, e o que propõem é que há uma muito forte pressão seletiva nestas bactérias para desenvolver a sua resistência aos antibióticos.
Estes investigadores recolheram amostras da mesma estirpe em 63 hospitais à volta do mundo, e chegaram à conclusão de que todas elas tinham alguma letra do código genético alterada em relação às outras.
A técnica usada foi: sequenciação completa dos seus genomas, pode ser utilizada para obter uma melhor compreensão de como é que se propagam as infecções. Por enquanto, já determinaram que esta estirpe provavelmente surgiu na Europa nos anos 60, e desde então extendeu-se, sendo atualmente a estirpe predominante de MRSA na Ásia, enquanto continua a ser uma das principais na Europa e já é muito comum também na América do Sul, principalmente nos hospitais do Brasil.
Neste último caso, América do Sul, comprovou-se também que as diferentes amostras estão muito relacionadas geneticamente, o que provavelmente indica que uma só variante de MRSA deve ter invadido recentemente o continente, expandindo-se rapidamente.
Os estudos filo-genéticos sobre estas bactérias devem contribuir com novos dados que permitam limitar a expansão das infecções, mesmo tendo em conta que esta linha de investigação ainda se encontra nos seus primórdios. Não é suposto que possa mudar o tratamento de doentes em concreto, mas sim que permita obter uma imagem completa das mutações que podem provocar uma epidemia, e esperam que assim seja possível tomar as medidas apropriadas para a evita-la.
Importante matéria. Porisso tenho medo de ir à hospitais.
ResponderExcluirEsta bactéria está em todo lugar, inclusive na nossa casa. srsrsrsrsrs
ResponderExcluirMas são nos hospitais onde mais se proliferam, não é? É um ambiente muito nocivo, pelas razões que conhecemos.
ResponderExcluirA fauna da minha casa eu posso controlar. rsrsrsr
ResponderExcluirQuanto maior o hospital, maior fluxo de pessoas doentes, maioir incidência de contaminação, eu por exemplo qdo tenho que me submeter a certos tipos de tratamento procuro Casas de Saúde, de qualidade boa, em assepsia e com menor fluxo de pacientes. Os grandes hospitais, devido ao número de pacientes e serviços oferecidos é um local de incidência bacteriana muito grande, devido a resistência que as mesmas vão adquirindo devido a sua capacidade de assimilação dos antibióticos que com o tempo passam a ser inofensivos à estes organismos.
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