Quando Charles Darwin escreveu A origem 'as espécies, abordou a evolução de organismos que variam de orquídeas a baleias, mas, notadamente, deixou de fora de sua obra-prima um debate consistente sobre a origem dos humanos, limitando-se a comentar: "Luz será lançada em relação à origem do homem e sua história". Estudiosos atribuem o referido silêncio de Darwin sobre o assunto à sua relutância em alfinetar ainda mais a instituição vitoriana, e sua mulher devota, para quem a origem de todas as coisas - principalmente os humanos - era obra divina.
Thomas Henry Huxley, o biólogo conhecido como o "bulldog de Darwin" não guardava nenhuma restrição. Em 1863 escreveu a obra Evidence as to man´s place in nature, onde aplicou abertamente a teoria da evolução de Darwin aos humanos, defendendo que certamente descendíamos dos macacos. Doze anos mais tarde, o próprio Darwin, possivelmente encorajado pela iniciativa de Huxley, escreveu A descendência do homem, onde declarava o chimpanzé e o gorila nossos parentes vivos mais próximos, com base nas semelhanças anatómicas; e ainda previa que nosso ancestral mais remoto poderia ser encontrado na África, habitat atual dos primatas vivos.
Ao mesmo tempo, tinha-se notícia de apenas um punhado de fósseis humanos, todos eles de Neandertais de sítios na Europa Ocidental.
Desde então, diversas evidências com fósseis e análises genéticas validaram as alegações de Darwin. Hoje sabemos que nosso parente mais próximo é o chimpanzé e que os humanos surgiram na África entre cinco e sete milhões de anos atrás, depois que nos diversificamos da linhagem do chimpanzé.
Descobriu-se também que durante boa parte da pré-história nossos antecessores dividiram o planeta com uma ou mais outras espécies de hominídeos. Mas, longe de ser uma sucessão linear de criaturas pouco a pouco mais eretas, a árvore genealógica humana exibe diversos galhos secos.
Falta muito ainda para completar a história de nossa origem.
Os Paleontólogos estão ansiosos para encontrar fósseis do último ancestral comum entre chimpanzés e humanos, por exemplo. Os investigadores querem saber como exatamente o Homo sapiens conseguiu superar os Neandertais e outros humanos arcaicos. Pairam ainda muitos mistérios sobre nosso passado coletivo. E as considerações de Darwin sem dúvida continuarão a iluminar o caminho até resolvê-los .
Descobriu-se também que durante boa parte da pré-história nossos antecessores dividiram o planeta com uma ou mais outras espécies de hominídeos. Mas, longe de ser uma sucessão linear de criaturas pouco a pouco mais eretas, a árvore genealógica humana exibe diversos galhos secos.
Falta muito ainda para completar a história de nossa origem.
Os Paleontólogos estão ansiosos para encontrar fósseis do último ancestral comum entre chimpanzés e humanos, por exemplo. Os investigadores querem saber como exatamente o Homo sapiens conseguiu superar os Neandertais e outros humanos arcaicos. Pairam ainda muitos mistérios sobre nosso passado coletivo. E as considerações de Darwin sem dúvida continuarão a iluminar o caminho até resolvê-los .
Adaptado da Revista Scientific American - A Evolução da Evolução
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