O desmatamento na Amazônia cresceu 72% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, afirmou nesta sexta-feira o Imazon, que também apontou a emissão de 2,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente por conta da destruição da floresta no período.
De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta perdeu 165 quilômetros quadrados no mês passado, o que levou a um aumento nas emissões de CO2 equivalentes de 55,6 por cento na comparação anual.
O Pará liderou o desmatamento em maio, de acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, respondendo por 39 por cento da destruição florestal registrada no período.
Em seguida vieram Mato Grosso (25 por cento), Rondônia (21 por cento), Amazonas (12 por cento), Tocantins (2,5 por cento) e Acre (0,1 por cento). O Imazon não analisou a área da Amazônia Legal localizada no Maranhão.
Amazônia, antes conhecida por "Inferno Verde" - Hoje por Paraíso das Motoserras |
Segundo a pesquisadora Sanae Hayashi, uma das autoras do levantamento, uma das explicações para a alta do desmatamento em maio é a menor cobertura de nuvens no Pará na comparação com abril, o que permitiu aos satélites detectar grandes áreas de desmatamento no Estado que não estavam visíveis no mês anterior.
"Esse desmatamento já vem aumentando desde abril", disse a pesquisadora à Reuters por telefone. "Ainda foi um vestígio daquela corrida por conta do Código Florestal", acrescentou.
Em abril o Imazon fez um alerta sobre o que detectou ser um salto significativo na destruição florestal em Mato Grosso. De acordo com os pesquisadores do instituto, o aumento do desmatamento se deveu à expectativa de aprovação da reforma do Código Florestal.
Críticos do texto da reforma afirmam que anistia desmatadores e que pode implicar em maior destruição da floresta ao flexibilizar as regras para as áreas de preservação permanente nas propriedades rurais.
Os dados divulgados pelo Imazon em abril chegaram a ser contestados por entidades do setor agropecuário, mas a tendência de aumento da perda florestal foi confirmada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, órgão oficial que monitora o desmatamento.
Segundo o relatório do Imazon, de agosto de 2010 a maio de 2011, os dez meses do ano-calendário do desmatamento, foram desmatadas 1.435 quilômetros quadrados de floresta, o que representa aumento de 24 por cento na comparação com o período entre agosto de 2009 e maio de 2010.
Esse desmatamento, segundo o Imazon, resultou em emissões de 83,9 milhões de toneladas de carbono equivalente, alta de 10 por cento na comparação com o período anterior.
O governo federal afirmou que pretende discutir mudanças no Senado no texto da reforma do Código Florestal aprovado na Câmara, e a presidente Dilma Rousseff chegou a afirmar que vetaria qualquer trecho do texto que considere prejudicial ao país.
Fonte: Reuters - (Edição de Maria Pia Palermo)
Nota do Blog: E ainda tem Paralmentares que querem anistiar desmatadores. Depois do caso Cesare Battisti qualquer coisa que aconteça neste país, é puro assunto de mídia, a novela global do horário nobre e o resultado do futebol, estão mais em evidências nas rodas de bate-papo, do que a presevação da condição humana no planeta.
Que tristeza!!! Não é uma questão de ser pessimista, mas os fatos mostram o quão é difícil lutar contra o poder institucionalizado. Tudo é uma questão de Lei feita por eles. Parece que o mérito é ser indecente, imoral, insensível....Como são dissimulados....!!!! Fico desesperançada, murcha, sem palavras para demonstrar minha indignação...
ResponderExcluirEnquanto nao mudarmos a forma de eleição neste país, o voto sendo facultativo, onde os parlamentares terão que conquistar este voto com clareza, ropostas viáveis, e não comprados como a maioria os faz, este país será uma vergonha mesmo.
ResponderExcluirE ainda querem criar mais dois estados no Pará, vão é desmatar tudo, em nome de um progresso falso e mentiroso.