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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

COBERTURA VEGETAL DA AMÉRICA DO SUL VEM DIMINUINDO DRASTICAMENTE

O uso da tecnologia de satélites possibilitou obter uma imagem mais precisa das mudanças ocorridas nas florestas do mundo, demonstrando que houve uma aceleração na perda de cobertura florestal desde o ano 2000 na América do Sul, alertou a FAO em um estudo.
De acordo com a pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, intitulada Avaliação Global Florestal por teledetecção, "a perda líquida de florestas se acelerou, passando de 4,1 milhões de hectares ao ano entre 1990 e 2000 para 6,4 milhões de hectares entre 2000 e 2005".
Os números se baseiam em um uso mais exaustivo de dados de satélite de alta resolução para obter uma amostra das florestas em todo o mundo.
"Entre 1990 e 2005, a perda florestal foi maior nas regiões tropicais, onde fica quase a metade das florestas", destacou o estudo.
"Nestas regiões foram perdidos mm média 6,9 milhões de hectares ao ano entre 1990 e 2005. A maior taxa de conversão de terras florestais a outros usos não especificados nos dois períodos foi registrada na América do Sul, seguida da África", destacou o relatório da FAO.
Floresta nativa (acima) e terreno limpo para a agricultura em Bella Vista,
noroeste da Argentina, novembro de 2010
"O desmatamento está privando milhões de pessoas de bens e serviços florestais decisivos para a segurança alimentar, o bem-estar econômico e a saúde ambiental", alertou Eduardo Rojas-Briales, vice-diretor-geral do Departamento Florestal da FAO.
O estudo destaca notáveis diferenças regionais nas perdas e ganhos florestais.
"Os novos dados de satélite apresentam um programa mais congruente, geral, da evolução das florestas no mundo", afirmou Rojas-Briales, que pediu aos países que "enfrentem com urgência o fenômeno da perda de valiosos ecossistemas florestais", destacou.
Os dados "são diferentes" dos resultados anteriores obtidos pela FAO na Avaliação dos Recursos Florestais Mundiais em 2010, devido ao fato de se basearem em uma compilação de relatórios fornecidos pelos países, elaborados com uma ampla variedade de fontes.
Por outro lado, o estudo revela que, em todo o mundo, "a perda líquida de superfície florestal entre 1990 e 2005 não foi tão grande quanto se pensava, já que a ampliação da superfície florestal é maior do que o previamente calculado.
"Os novos resultados indicam que a taxa de desmatamento do mundo, fundamentalmente a conversão de florestas tropicais em terras agrícolas, foi em média de 14,5 milhões de hectares ao ano entre 1990 e 2005, dado que concorda com as estimativas prévias", destacou o relatório.
A perda líquida - na qual as perdas de cobertura florestal são compensadas parcialmente com o plantio ou a expansão natural - subiu para 72,9 milhões de hectares ou 32% a menos que a cifra anterior de 107,4 milhões de hectares, acrescentou.
"Em outras palavras, o mundo perdeu uma média de 4,9 milhões de hectares e florestas ao ano, ou quase 10 hectares de florestas por minuto nesse período de 15 anos", destacou a agência das Nações Unidas.
A Ásia foi a única região que mostrou ganhos no uso da superfície florestal nos dois períodos. Houve desmatamento em todas as regiões, inclusive na Ásia, mas a plantação extensiva documentada por vários países da Ásia (principalmente a China) é superior à perda de superfície florestal, destacaram os especialistas da agência internacional, cuja sede fica em Roma.
Para fazer o estudo, a FAO trabalhou durante quatro anos com seus associados técnicos do Centro Comum de Pesquisas da Comissão Europeia e mais de 200 pesquisadores procedentes de 102 países na análise de imagens da agência espacial americana (Nasa) e do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).


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