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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ENCONTRADAS NO MÉXICO TRÊS MIL PINTURAS RUPESTRES

Caçadores-coletores dos primeiros mil anos da nossa era foram os autores das pinturas
Descoberta foi feita durante a quarta temporada de investigação
do projeto  «Arte Rupestre na bacia do Rio Victoria»
Mais de três mil pinturas rupestres em 40 rochas foram encontradas a noroeste de Guanajuato (México) por investigadores do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH, Conselho Nacional de Cultura mexicano). As imagens estão relacionadas com vários tipos de rituais e cultos e foram realizadas por sociedades de caçadores-coletores que habitaram aqueles sítios entre o século I e X D.C.
Encontraram-se, igualmente, representações religiosas e outras inscrições correspondentes à época colonial, feitas por comunidades Otomis (indígenas da zona central do México) e outras por fazendeiros e religiosos nos séculos XIX e XX.
A descoberta foi feita durante a quarta temporada de investigação e registro do projeto «Arte Rupestre na bacia do Rio Victoria», que abarca a zona semidesértica de Querétaro e Guanajuato. Os trabalhos foram dirigidos pelo arqueólogo Carlos Viramontes.
Os espaços encontrados, que somam em 70 sítios descobertos desde finais dos anos 80, foram para já classificados em dois grupos: os públicos (sítios de fácil acesso que permitiam a participação de um grande grupo de pessoas) e os privados (locais de difícil acesso onde apenas um pequeno grupo praticava rituais).
Exemplo de um lugar privado é, acreditam os arqueólogos, o sítio de Manitas, na comunidade de Tierra Blanca. Cerro del Redondo, no município de San Luis de la Paz, seria um espaço público.
O primeiro é um lugar de ritual privado onde, possivelmente, só participavam “o especialista em rituais e os seus aprendizes”, já que se situa perto do pico de uma montanha com 3400 metros de altura e está escondido numa ravina de difícil acesso. As imagens encontradas abrangem “figuras humanas, plantas, animais e criaturas fantásticas”. Há também alguns traços geométricos e mãos vermelhas e negras.
O Cerro del Redondo, classificado como espaço público, seria frequentado por um grande número de pessoas. “Trata-se de uma pequena elevação a meio de uma planície onde se encontram iconografias antropomorfas, plantas como o peiote, cacto do qual se extrai a mescalina, e animais como e veados”.
As representações feitas pelos caçadores-coletores têm como características os tons amarelo, vermelho e negro.
“O ato de pintar imagens na rocha ia mais além do que deixar na memória coletiva momentos históricos, climáticos ou rituais”, acreditam os investigadores. “Para eles, as superfícies rochosas que utilizavam para pintar era um ponto de contato entre o mundo material e o espiritual, conforme determinado pela mesma iconografia que refletia o culto ancestral da pedra e da montanha como entidades vivas”.

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