Esta foto foi escolhida pela BBC 28 de setembro, 2012 como uma das 20 mais bonitas

Sejamos proativos nas questões relacionadas às mudanças climáticas, pois não seremos poupados de seus efeitos devastadores a curto e longo prazo.
gmsnat@yahoo.com.br
Um Blog diferente. Para pessoas diferentes!

Grato por apreciar o Blog.
Comentários relevantes e corteses são incentivados. Dúvidas, críticas construtivas e até mesmo debates também são bem-vindos. Comentários que caracterizem ataques pessoais, insultos, ofensivos, spam ou inadequados ao tema do post serão editados ou apagados.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

OS LENÇÓIS MARANHENSES

O país da Floresta Amazônica, do extenso e belo litoral, da grande rede hidrográfica, também possui um deserto. Um deserto mágico de areia branca e lagoas coloridas com peixes. O responsável por essa paisagem diferente? A chuva. Suas águas ficam represadas entre as dunas, mas ninguém sabe explicar como as lagoas sobrevivem ao período de seca. A população também sobrevive a duras penas onde a civilização está a quilômetros de distância. Mesmo a areia finíssima, as dunas e os ventos fortes não conseguem impedir a visita de pesquisadores e aventureiros que se espantam diante da maravilha dos Lençóis Maranhenses.
Para preservar o único deserto brasileiro, constituído por um ecossistema exótico foi criado em 1981 o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Seus 155.000 hectares abrigam dunas e mais dunas que avançam para o interior, oásis de lagoas coloridas e um povo nômade, cuja vida é regida pelo regime das chuvas e das areias.
Maranhão
Aspectos Culturais e Históricos
O parque é um celeiro de pescadores, sendo que alguns deles tornam-se nômades em algumas épocas do ano, principalmente no verão que é mais propício e pesca. Existem dois oásis dentro do Parque onde vivem diversas famílias. Suas dunas são móveis provocando muitas vezes soterramento de casas e carros. O nome da unidade é devido à visão que se tem ao observar o Parque do alto, a qual lembra um lençol jogado com desleixo sobre cama.
Aspectos Naturais
A paisagem é dominada por dunas de areias de quartzo bem finas. As dunas, que chegam a atingir 20m de altura, cobrem 50 km da costa maranhense. O vaivém das areias não se deve só ao vento. Os rios Preguiça e Parnaíba carregam-nas até o mar e este as devolve ao litoral. Espelhadas por este cenário desértico estão incríveis lagoas coloridas que dão vida ao local. Seus peixes atraem aves marinhas e ao seu redor cresce vegetação.
Nas bordas do parque existem extensos manguezais, caracterizados pelo mangue-vermelho, mangue-branco e mangue-siriúba. Próximo ao mar, crescem o capim-de-areia, o alecrim-da-praia, a pimenteira e o carrapicho-da-praia. Representando a restinga, há a erva-de-cascavel, a orquídea da restinga e o cipó-de-leite, entre outros.
As praias desertas são procuradas por tartarugas marinhas e caranguejos. Nos manguezais encontram-se o jacaré-tingá, a paca e o veado-mateiro. Além destes, aves migratórias, como o maçarico-rasteirinho, as marrecas-de-asa-azul e o trinta-réis-boreal fazem do parque um ponto de descanso.
Delta do Parnaíba
A viagem pela praia exige espírito aventureiro. A maneira mais confortável é a feita a bordo de Land Rovers, em roteiros oferecidos por agências da região e que duram, em média, dez noites. No programa, paradas em praias paradisíacas como Ilha do Amor e Mangue Seco; passeio de lancha no Delta do Parnaíba e de voadeira no Rio Preguiças; e visita aos Pequenos Lençóis, à Lagoa do Portinho e ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Dunas de areias brancas e águas azuis emolduram a paisagem ao longo do percurso.
Clima
O clima da região é tropical, com temperatura média anual de 26°C. A estação seca vai de dezembro a agosto. Um bom período para visitas é de dezembro a julho, quando as lagoas estão mais cheias, o calor é mais ameno e a vista belíssima. Na época das chuvas a população local vai para o mar pescar.
Atrações
Para conhecer bem o parque, o ideal é caminhar pelas dunas. Para tanto, um guia experiente é indispensável. No meio da imensidão branca surgem lagoas coloridas que refrescam quem se aventura a enfrentar as areias.
Sobrevoar a região dá uma noção exata de sua beleza. Além disso, o parque oferece 70 km de praias desertas. Um passeio interessante é pelo Rio Preguiça, cercado de vegetação nativa.
A visitação é feita a partir de Barreirinhas, onde se obtêm, através de agencias locais, as melhores opções de deslocamento dentro do Parque. As acomodações existentes na região são melhores em Barreirinhas, com pousadas e hotéis, mas também se pode pernoitar em Atins (2 pousadas) e Caburé (4 pousadas).
O Parque não tem acomodações regularizadas dentro de sua área. O deslocamento interno é feito por veículos 4 x 4, que podem ser locados em Barreirinhas.
As melhores atrações do Parque são as belezas cênicas, os passeios nas dunas, os banhos de lagoas, que são melhores nas épocas de chuva (Dezembro a junho), e os banhos de Rio e Mar, em Atins e Caburé.
Infra-estrutura
O parque não possui infra-estrutura nenhuma. Barreirinhas, a 4 horas de barco pelo Rio Preguiças, oferece hotéis, restaurantes, artesanato de palha e serviço de apoio ao visitante. Na Barra do Rio Preguiças, o Vilarejo de Caburé possui pousadas e restaurantes.
Objetivos específicos da unidade
Preservação de ecossistemas, educação ambiental e visitação pública.
Decreto de criação
Foi criada pelo decreto n° 86.060 de 02.06.1981
O tanino presente nas águas, marmoriza a areia do parque nacional.
O Rio Parnaíba que nasce na Lagoa de Boa esperança e desemboca no Oceano Atlântico, depois de cruzar todo o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Suas águas são as vezes escuras escuras porque são tingidas por ácidos liberados nos processos de decomposição de sedimentos orgânicos - que é o que não falta na floresta.
A coloração de café escura, resulta da lixiviação de taninos (polifenóis de origem vegetal) das decadentes folhas de vegetação adjacente.

2 comentários:

  1. Realmente este pedaço do Maranhão é deslumbrante. Sinceramente temo a invasão de turistas, já que o homem é o único destruidor de tudo. A civilização de consumo é cega infelizmente. Vamos aguardar.

    ResponderExcluir
  2. Olha se as autoridades quizerem agir realmente, dá para praticar o turismo ecológico, é só ver o caso de Fernando de Noronha.

    ResponderExcluir