Investigação pode dar pistas sobre a origem da vida
Axial Seamount situa-se a 400 quilômetros da costa do estado norte-americano Oregon |
Foi detectado e documentado pela primeira vez o ciclo completo da erupção de um vulcão submarino. A erupção do Axial Seamount – situado a 400 quilômetros da costa do estado norte-americano Oregon – já tinha sido prognosticada há cinco anos.
Os cientistas consideram que este estudo é de “grande importância”, pois permite controlar as reações químicas que acontecem quando um vulcão entra em erupção e “dá lugar a novas formas de vida”. A origem dos primeiros organismos terrestres nestas circunstâncias é uma das hipóteses dada pelos cientistas, juntamente com a chegada de elementos biológicos do espaço em meteoritos.
A atividade vulcânica debaixo do mar permite a proliferação de seres vivos capazes de viver em condições extremas (chamados de extremófilos). Pensava-se que nestes lugares com altas temperaturas, falta de oxigénio e luz solar e com muito metano e Gás Sulfídrico (H2S), a vida não era possível.
Jesús Martínez-Frías, investigador do Centro de Astrobiologia espanhol, citado pelo jornal «El Mundo», afirma que observar uma destas erupções é muito interessante porque “dá pistas sobre a origem da vida”.
Os responsáveis pela investigação foram Bill Chadwick, geólogo da Universidade de Oregon e Scott Nooner, da Universidade Columbia. Ambos supervisionaram a montanha submarina durante vários anos e em 2006 afirmaram que a erupção aconteceria antes de 2014.
Os cálculos basearam-se nas medidas de pressão do leito marinho que detectavam se o Axial Seamont estava aumentando. Foram utilizados sensores de tsunamis que permitem controlar os movimentos verticais no fundo do mar e com estes conseguiu-se perceber que o vulcão aumentava 15 centímetros por ano. A erupção aconteceu no dia 6 de Abril passado.
A erupção, a primeira a ser totalmente registada foi descoberta a 28 de Julho durante a expedição dirigida por Chadwick a bordo de um barco oceanográfico. Com um veículo telecomandado, os investigadores observaram o fluxo de lava.
Nestes fenômenos, uma grande quantidade de calor sai do fundo marinho, alterando as reações químicas e destruindo comunidades biológicas que lá habitam. Há também espécies que só se conseguem encontrar no momento das erupções.
Durante o tempo do estudo foram analisadas as reações químicas na chaminé do vulcão e o DNA e o RNA dos micróbios recolhidos nas amostras. Graças ao método desenvolvido neste projeto, poder-se-á compreender melhor a atividade dos vulcões submarinos e evitar possíveis riscos.
Impressionante como eles sempre estão espreitando tudo no planeta! Espero que esta notícia seja mesmo com a finalidade de não permitir maiores destruições. Será?
ResponderExcluirNa verdade como temos pouco tempo que estamos no planeta, e somente agora que as tecnologias avançaram podemos tentar entender o belo e complexo sistema que permeia a Terra. Muitas coisas ainda tem que serem descobertas, pois o que existe é muita teoria e conjecturas.
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