O desmatamento da Amazônia avançou 28 por cento em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, apontou levantamento do Inpe nesta terça-feira, que também mostrou aumento na área desmatada na comparação com maio de 2011.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada na Amazônia Legal em junho somou 312,69 quilômetros quadrados. O Pará foi o Estado que mais desmatou, de acordo com o levantamento do órgão, com 119,63 quilômetros quadrados.
Em junho de 2010, o desmatamento na região correspondia a 243,7 quilômetros quadrados. Em maio deste ano, somava 267,94 quilômetros quadrados.
Não vai sobrar Floresta nenhuma. |
A morte de cinco ambientalistas na região Norte do país num período de menos de um mês entre maio e junho, a maioria no Pará, levou o governo federal a anunciar uma ofensiva das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública para investigar as mortes e conter a violência na região.
De acordo com o Inpe, o Mato Grosso, principal produtor de grãos do país, veio logo atrás com 81,54 quilômetros quadrados de perda florestal em junho, à frente de Rondônia, cujo desmatamento somou 64,15 quilômetros quadrados.
No final de maio a Câmara dos Deputados aprovou uma reforma do Código Florestal. Na visão de ambientalistas, o texto aprovado na Câmara anistia produtores rurais que desmataram ilegalmente e pode incentivar novas perdas florestais.
Trechos do texto aprovado pelos deputados desagradam também ao governo da presidente Dilma Rousseff, que deve buscar mudanças na matéria quando ela for analisada pelo Senado.
O Inpe informou que em junho deste ano 21 por cento da área da Amazônia Legal --região formada por Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão-- estava coberta por nuvens, o que impossibilitou a análise dos satélites. Em junho de 2010 essa área correspondia a 28 por cento da Amazônia Legal.
O desmatamento da Amazônia é o principal responsável pelas emissões de gases do efeito estufa brasileiras. O país assumiu compromissos internacionais de redução de suas emissões e do desmatamento da floresta.
A adoção dessas metas é parte dos esforços que o país vem empreendendo nos últimos anos para conquistar um protagonismo ambiental no cenário internacional, mais deste jeito não vamos conquistar este patamar.
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